Logo após o desembargador José Everaldo Alves do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) determinar o afastamento imediato do prefeito Douglas Elias da Costa (PL) do comando do Município de Barra Velha, o vice-prefeito anunciou que não vai assumir o cargo. Estando Eduardo Peres, o Tainha (Republicanos), fora, quem assume é o presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Cunha (PSD). Ele deve ficar no comando até as eleições municipais previstas para outubro deste ano.
O DIARINHO tentou conversar com Daniel, mas o agora prefeito não respondeu aos questionamento até o fechamento desta edição. Daniel conversou com uma rádio local, a Rede Marazul. Ele teria ...
O DIARINHO tentou conversar com Daniel, mas o agora prefeito não respondeu aos questionamento até o fechamento desta edição. Daniel conversou com uma rádio local, a Rede Marazul. Ele teria dito que está “assimilando o impacto”.
Este é o segundo mandato de Daniel Pontes da Cunha como vereador. Ele também já atuou como presidente da Fundação Municipal de Turismo, Esporte e Cultura. Também foi diretor de Esportes na gestão de Samir Mattar (MDB).
A desistência de Tainha teria pego a todos de surpresa, uma vez que ele teria ido à prefeitura e dito que seguiria as recomendações do Ministério Público. Tainha era aliado de Douglas, mas rompeu com o prefeito afastado em 2022, saiu do PL e migrou para o Republicanos.
Dando ordens de dentro da prisão
Douglas da Costa (PL) segue preso na Canhanduba, em Itajaí, juntamente com outros sete envolvidos na Operação Travessia, acusados de corrupção. Douglas estaria assinando portarias de demissão de dentro da prisão através do contato com seu advogado.
A defesa dos presos na operação Travessia ainda analisa os autos pra apresentação de pedido de soltura.
Investigações
O MP, através do promotor Renato Maia de Faria, investiga suposta organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações, com apoio do Gaeco e do Geac. As investigações sinalizam participação de agentes públicos e empresários em fraudes em obras públicas. Em contrapartida, é investigado o recebimento pelos agentes públicos de vantagens indevidas dos empresários contratados, às custas de aditivos em série e medições supervalorizadas.
18 presos
Santa Catarina soma 18 prefeitos presos no período de um ano e dois meses. Do total, 16 foram alvos da operação Mensageiro, deflagrada em dezembro de 2022 contra um esquema criminoso em contratos de serviços de limpeza urbana.
Todos já foram soltos, com a maioria deixando os cargos, mas seguem respondendo na justiça. No grupo, foram cinco prefeitos do MDB, quatro do PP, dois do PL, dois do PSD, um do Republicanos, um do Podemos e um do Patriota.