O secretário de governo de Penha, Waldemir José Mafra Júnior, divulgou à imprensa nesta terça-feira imagens em que o vereador Duda Bueno (Cidadania) e o empresário Cristiano Idalina, dono da Kuhra Terraplenagem, se encontraram no sábado, antes de ter ocorrido a confusão envolvendo os três e a secretária de Administração, Camila Luchtenberg. Júnior alega que o vereador e o empresário montaram uma “arapuca” para os secretários no momento em que eles foram retirar uma faixa instalada no bairro Santa Lídia. O material chamava de ladrão o prefeito Aquiles da Costa (MDB).

Segundo o secretário Júnior, o que aconteceu foi que o vereador Duda, ex-apoiador do prefeito e  agora vereador de oposição, e o empreiteiro da Khura instalaram a faixa contra o prefeito ...

Segundo o secretário Júnior, o que aconteceu foi que o vereador Duda, ex-apoiador do prefeito e  agora vereador de oposição, e o empreiteiro da Khura instalaram a faixa contra o prefeito Aquiles entre dois postes na rua Angioletti João de Freitas, em Santa Lídia. “Quando cheguei para tirar, o Khura veio com um cabo bem grande, não sei se era de madeira ou ferro. Ele veio na minha direção falando que iria matar eu e a Camila. Veio desferindo golpes e falando várias palavras de baixo calão”, alega Júnior. O secretário diz que saiu correndo co  medo.

Já o vereador contou ao DIARINHO, no último domingo, que passou na rua por coincidência no momento da confusão. Mas o secretário Júnior diz que filmou Duda e Khura juntos – e que a situação teria sido armada pelos dois. “Quatro minutos antes do ocorrido, eles estavam juntos, onde comprova a parceria dos dois... Já fiz o depoimento com as imagens, tenho testemunhas que viram tudo e desmentiram o que ele falou”, garante.

Júnior alega que os dois aguardaram ele e Camila chegarem na rua para iniciar a confusão. “Os dois parceiros aguardando para dar o bote em nós. Infelizmente eles não imaginavam que eu passaria no terreno onde eles estavam escondidos e filmaria”, acusa Júnior.

Ao DIARINHO, Duda Bueno disse que estava passando, parou e envolveu-se na discussão. Duda também alega que sofreu tentativas de agressão com barras de ferro e que Júnior sacou uma arma de fogo e o ameaçou. Ele e o empresário teriam testemunhas comprovando que o marido da secretária Camila agrediu o empresário. O secretário Júnior alega que as imagens mostram que foi justamente ao contrário.

Polícia investiga o caso

Todos os envolvidos na confusão registraram boletins de ocorrência na delegacia. O Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (CMBA), atuante em Penha e região, também alega que a secretária Camila foi ameaçada e acompanha a situação.

O caso está sendo investigado pelo delegado  Angelo Fragelli, que já instaurou um inquérito para apurar a confusão. “Todos os envolvidos serão ouvidos entre esta semana e a próxima. Vamos apurar todas as situações, mas só vai ficar mais claro após ouvirmos todos os envolvidos. O que apuramos até o momento foi um desentendimento com bate-boca e vias de fato”, adiantou Fragelli.

Dívida milionária é a causa da brigaçada

O bafão em Penha ocorreu por conta de uma suposta dívida de R$ 500 mil da prefeitura, que comprou macadame da empresa Kuhra Terraplenagem e não pagou. O dono da Kuhra já esteve na câmara de vereadores no ano passado exigindo publicamente o pagamento. No sábado, ele instalou a faixa de cobrança no meio da rua e colocou a cidade em polvorosa.

Ao saberem da faixa, Júnior e Camila foram até a localidade de Santa Lídia e rolou toda a confusão. A faixa sobre a via dizia: “Prefeito Aquiles – comprar e não pagar é a maneira mais canalha de roubar”.