Credor da prefeitura de Penha, vereador e integrantes do primeiro escalão do governo se envolveram numa confusão que rteve direito a ameaças de morte com facão, bate-boca e saque de arma de fogo, no sábado à tarde, na rua Angioletti João de Freitas, no bairro Santa Lídia. Nos bastidores, uma dívida de R$ 500 mil está sendo cobrada – valor devido pela prefeitura à empresa Kuhra Terraplenagem.
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Nas redes sociais, o vereador Duda Bueno (Cidadania) afirmou ter sido ameaçado pelo secretário de Governo de Penha, Valdir José Mafra Júnior. E sobrou até para a secretária de Administração ...
Nas redes sociais, o vereador Duda Bueno (Cidadania) afirmou ter sido ameaçado pelo secretário de Governo de Penha, Valdir José Mafra Júnior. E sobrou até para a secretária de Administração, Camila Luchtenberg, que teria sido insultada pelo vereador, mas recebeu apoio oficial do Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (CMBA), em relação à ameaça. Duda alega ter sido ele o ameaçado.
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A briga iniciou quando os donos da Kuhra Terraplenagem instalaram uma faixa em Santa Lídia, criticando a prefeitura por supostamente ser responsável pela dívida de R$ 500 mil com a empresa, desde fevereiro do ano passado. A empresa revende macadame e areia para as obras da cidade.
O dono da Kuhra, Cristiano Idalina, esteve ano passado na Câmara, já exigindo publicamente o pagamento, e alegando que não consegue contato com a prefeitura para quitar a dívida, o que levou a empresa a passar por dificuldades financeiras.
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Ao tomar conhecimento da instalação da faixa, Júnior e Camila resolveram ir à Santa Lídia tentar retirá-la, e se depararam com Duda no local – ex-apoiador do prefeito Aquiles da Costa (MDB) - , o vereador entrou para a oposição após deixar o governo de Penha, em 2023.
A faixa, estendida no alto da via, trazia os dizeres: “Prefeito Aquiles – comprar e não pagar é a maneira mais canalha de roubar”. Depois da briga de sábado, a faixa foi para dentro da propriedade do empreiteiro. “Ele tem várias outras para fixar”, disse Duda ao DIARINHO.
Duda alega que estava passando pelo local, parou e envolveu-se no impasse, que teria gerado tentativas de agressão com barras de ferro e saque da arma de fogo por parte de Júnior. Testemunhas alegam que Camila e seu marido, presente no local, teriam batido em Cristiano; Camila assegura que ela é quem foi a vítima.
O vereador registrou boletim de ocorrência e alega ter sido ameaçado com facão por Renato, e que teve uma arma de fogo apontada para o rosto. “Meu carro foi amassado com chutes e socos”. O vereador afirma ter sofrido uma “tentativa de homicídio”, pois foi cercado pelo trio, mas conseguiu fugir em direção ao Gravatá. Duda frisa que os secretários teriam tentado levar seu celular, com imagens da faixa instalada.
Na imprensa e redes sociais, o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (CMBA), atuante em Penha e região, alegou que Camila Luchtenberg foi ameaçada, e se posicionou em defesa da secretária.
Regina dos Santos, líder do coletivo, aponta que não se tratou de caso de violência doméstica, mas de violência contra a mulher. O coletivo acompanha a situação e foi registrado um termo circunstanciado.
O Ministério Público informou que só tomará posição dos fatos na segunda-feira. A Polícia Civil, Camila e Júnior foram procurados pela reportagem, mas não deram retorno.
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