Um morador de Navegantes alega que foi agredido e teve o carro danificado após uma confusão com funcionários do ferry-boat, em Itajaí, por volta das 11h do último dia 26. Segundo relato, o homem teria solicitado fazer o pagamento da travessia via pix e, quando chegou em Itajaí, os funcionários do ferry teriam começado a discutir com ele, dizendo que o homem estava tentando utilizar o serviço sem pagar.
Partes da discussão foram gravadas, mas não foi registrado um boletim de ocorrência. “Eles me disseram que eu estava de história, que não queria pagar. Eu entrei no carro e o cobrador ...
Partes da discussão foram gravadas, mas não foi registrado um boletim de ocorrência. “Eles me disseram que eu estava de história, que não queria pagar. Eu entrei no carro e o cobrador bateu a porta. Os três (funcionários) ficaram na frente do meu carro me impedindo de passar, isto tudo já fora do ferry. Fui arrancar e um deles começou a socar a porta e o teto do meu carro para me ofender. Eu desci do carro e disse a ele ‘bate em mim’, pois o carro não tem culpa de nada. Nisso vieram os outros dois e mandaram eu ir embora. Eu fui arrancar o carro e os três passaram a socar e chutar o carro e a me xingar”, narra o homem.
Segundo o usuário, muitos cobradores aceitam pagamento via pix ou permitem pagar a taxa posteriormente e ele nunca teria enfrentado nada parecido. Ao DIARINHO, o homem diz que a situação deixou um trauma muito grande.
NGI nega acusações
A NGI Sul, que administra o ferry-boat, nega todas as acusações. A empresa informa que relatos de funcionários e câmeras de segurança comprovam que o homem agrediu dois funcionários e iniciou a discussão, tanto na ida, como na volta. A empresa ainda reitera que não aceita pagamentos via pix ou cartão no momento do embarque, apenas em compras antecipadas.
A NGI Sul também aponta que não existe nenhuma cobrança “por fora”, e que não aceitam cartão, nem pix, no momento do embarque. “Nós temos filmagens, nós temos monitoramento, tem até testemunha. Este é o nosso posicionamento, não vamos falar mais nada sobre essa ocorrência”, se limita a dizer a NGI Sul.
De acordo com a PM de Itajaí, apenas a filmagem não é o suficiente para determinar o contexto do caso. A orientação da PM é que em situações de possível lesão corporal ou dano a vítima registre um boletim de ocorrência o quanto antes para que a investigação seja possível.
“O ideal era ter acionado a PM, que já iria no local e ouviria todos os envolvidos e testemunhas e poderia até averiguar o possível dano. Agora ele deverá ir à Polícia Civil registrar o BO, mas sem os dados dos funcionários, o que vai fazer com que o procedimento fique bem mais demorado, porque vai precisar de diligências por parte dos policiais civis”, explica o major Ciro Adriano da Silva, do 1º Batalhão da PM de Itajaí.