Jeovana Reis, de 18 anos, morreu atropelada logo após sair do ferry boat, no lado de Itajaí, na manhã desta segunda-feira. A vítima era manicure e atravessava a rua pela faixa de pedestres quando foi atingida por um caminhão. A jovem era moradora de Navegantes. Até o fechamento desta matéria, não havia informações sobre o velório e o sepultamento.
O corpo da jovem foi reconhecido pela mãe no IML de Balneário Camboriú. O caminhoneiro envolvido no acidente foi detido e levado para a Central de Plantão Policial (CPP) para responder ...
O corpo da jovem foi reconhecido pela mãe no IML de Balneário Camboriú. O caminhoneiro envolvido no acidente foi detido e levado para a Central de Plantão Policial (CPP) para responder por homicídio culposo, com o agravante de que a vítima estava sobre a faixa de pedestres.
Câmeras de monitoramento mostram que o acidente ocorreu foi por volta das 9h50 na avenida Paulo Bauer, assim que Jeovana sai da estação de desembarque da NGI Sul, empresa responsável pela travessia sobre o rio Itajaí-açu, entre Navegantes e Itajaí, e seguia para atravessar a rua.
Segundo a Polícia Militar, populares contaram que a ciclista atravessava a rua na faixa de pedestres quando foi atropelada pelo caminhão. “Imagens de câmeras de monitoramento no local confirmaram os relatos das testemunhas, registrando o momento em que o condutor do caminhão avança sobre a faixa de pedestres e atropela a vítima no instante em que ela efetuava a travessia”, informou a PM.
Vídeo do momento do acidente mostra que um carro branco está parado para duas pedestres atravessarem. O caminhão também reduz a velocidade para a passagem das pedestres.
As mulheres atravessam do lado da calçada em direção à estação de embarque do ferry boat. Já a ciclista vem na direção contrária: atravessando do ferry para a calçada – o carro branco permanece parado, já o caminhão acelera e atinge a moça com o lado direito do veículo.
O motorista, de 53 anos, afirmou aos policiais militares que não viu a vítima sobre a faixa de pedestres. O condutor só percebeu o atropelamento após ver a jovem caída pelo retrovisor. O homem ficou no local do acidente até a chegada da PM. Ele passou por teste do bafômetro, que indicou que ele não ingeriu bebida alcoólica.
Os PMs o conduziram para a delegacia para responder pelo crime de homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O crime tem pena de dois a quatro anos de detenção, além da suspensão ou proibição de dirigir. O caminhão estava vazio no momento do acidente.
Travessia confusa
Logo após o acidente várias testemunhas comentaram que o atropelamento é reflexo da confusão de veículos em frente ao ferry boat. “Demorou para acontecer. Ali é um desrespeito aos pedestres, que são praticamente coagidos pelos motoristas ao sair do ferry. Tem que ter sinalização e vigilância nesse local”, opinou um usuário do serviço. O DIARINHO tentou ouvir o coordenador da Codetran, Michel Duarte, sobre possíveis melhorias na fiscalização no entorno do ferry boat, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.