O projeto do parque foi elaborado pela Emasa e promete atender aos dois municípios. O anúncio da aprovação da licença ambiental foi feito ainda em outubro pelo prefeito Fabrício. Na solenidade em Camboriú, o diretor-geral da Emasa, Douglas Costa Beber, representou o prefeito. O evento reuniu políticos, autoridades, ambientalistas e moradores.
A assessoria informou que o prefeito Fabrício não compareceu porque estava em diversas reuniões ao longo do dia nas secretarias de Planejamento, Trânsito e Obras e com a construtora FG, tratando dos últimos detalhes para as obras da nova orla, que começaram nesta quinta-feira.
O ato em Camboriú foi marcado pela presença de pré-candidatos “prefeituráveis” de BC e Camboriú. De Balneário, estiveram o presidente da Câmara, David La Barrica (Patriota), e o deputado estadual Carlos Humberto (PL). O ex-prefeito de BC, Leonel Pavan (PSD), que vai concorrer a prefeito de Camboriú em 2024, também marcou presença, além do prefeito de Camboriú, Élcio Kuhnen (MDB).
O Parque Inundável permitirá o armazenamento de água para o abastecimento de BC e Camboriú e também servirá pra combater as cheias nas áreas urbanizadas próximas ao rio. A LAP é o primeiro passo no processo de licenciamento, que poderá avançar pra obtenção da licença de instalação, com a entrega de projetos e estudos técnicos.
Com a licença prévia, o município começa a fase de captação de recursos pra viabilizar a obra, já inscrita pra receber verbas do PAC, do governo federal. O prefeito Elcio Kuhnen espera que a segunda licença saia em breve pra que a licitação para as obras possa ser lançada em 2024.
“Este é o primeiro passo rumo a implantação do nosso Parque Inundável Multiuso do Rio Camboriú. Não há dúvidas de que este momento será um divisor de águas para a gestão dessa cidade, pois além de nos trazer mais segurança hídrica, também contribuirá com os problemas das cheias em nossa cidade”, destacou.
Ainda em janeiro, o projeto teve aprovado pelo IMA o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e, em abril, passou por apresentação em audiência pública. “Somos parceiros de tudo que venha a contribuir com o nosso Estado e não temos dúvidas de que essa obra é de suma importância para Camboriú e Balneário Camboriú. Este momento é mais um passo para que o parque possa sair do papel”, disse o governador.
Preservação e turismo
Será criada uma área de proteção ambiental que contempla proteção e a recuperação da mata às margens do rio, espaços de lazer e recreação, práticas de esportes e estímulo ao turismo. Também será construído um dique pra represamento de água. A barreira terá 1,6 quilômetro e prevê a desapropriação de área de 600 hectares. O investimento estimado é de R$ 144 milhões.
A estrutura vai reter água da chuva, servindo pra evitar inundações e enchentes e, ao mesmo tempo, será um reservatório de água bruta – não tratada – que atenderá as necessidades de abastecimento de BC e Camboriú em época de estiagem.
“Eu diria que toda a região ganha. Estamos fazendo uma obra para as pessoas, combatendo um dos problemas que é o stress hídrico. A previsão de execução dos trabalhos é de 30 meses”, informou o diretor-geral da Emasa, Douglas Costa Beber.
A construção do parque recebeu apoio do Comitê do Rio Camboriú como medida contra as cheias e o desabastecimento. Segundo o comitê, estudos apontam uma crise hídrica para a bacia a partir de 2025. Devido à preocupação, o projeto foi definido no Plano de Recursos Hídricos como a solução mais viável para aumentar a capacidade de represamento e a captação de água.