Covardia 

Drag queen é agredida a socos e chutes na orla

Ataque foi no fim da Marcha da Diversidade. Agressores não foram identificados

Covardes desceram de carro e já sairam espancando vítima na orla
 (Foto: Leitor)
Covardes desceram de carro e já sairam espancando vítima na orla (Foto: Leitor)
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Uma drag queen de 36 anos foi agredida por quatro homens, por volta das 19h de domingo, no final da Marcha pela Diversidade de Balneário Camboriú. Vídeos mostram a vítima caminhando pela avenida Atlântica, quando na altura da rua 1801 foi agredida pelo bando.

Nas imagens, a drag “Joégua”, que é a personagem encarnada pelo administrador de imóveis Denis Cristyan de Vito, aparece andando na direção contrária do grupo de rapazes. Ao se encontrarem, um dos homens fala algo para a drag, enquanto o outro já dá um chute no peito da vítima.

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Jo cai no chão e passa a ser agredida covardemente. Ela leva pisão e chutes na cabeça, além de pontapés na barriga. A agressão foi bem em frente a um quiosque  movimentado da  avenida Atlântica.

Os frequentadores do quiosque e pessoas que estavam caminhando socorreram a vítima, enquanto tentavam afastar os agressores. A vítima aparece se levantando e um agressor volta  a dar um chute violento em seu peito.

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Os agressores retornam para a frente do quiosque e agridem novamente a drag, com mais chutes e socos. Uma mulher que passava de carro filmou a cena. “Estão batendo, não tem ninguém para separar?”, questiona.

Os covardes voltam a derrubar a drag e batem novamente nela. “Olha o ódio... estão batendo no cara...”, fala a mulher no vídeo. Um dos agressores ainda pega a capa usada pela drag, que é em forma de arco-íris, e a rasga ao meio. Após o ataque, os agressores saem andando calmamente pela orla. 

A vítima foi acudida pelos moradores que acionaram a Polícia Militar. “Eu estava passando na hora que começaram a agredir. Eu estava no outro lado da rua, atravessei e fui ajudar, tirar do meio da rua, porque não tinha ninguém ajudando. Arrancaram a peruca, derrubaram no chão, deram um chute na cabeça. Deu dó”, contou ao DIARINHO uma das testemunhas. 

“Os caras batiam mesmo caída no chão, e ainda um pessoal gritava que merecia apanhar. Falavam que tinha que apanhar mesmo, que era isso que merecia... Derrubaram novamente e chutavam a cabeça”, narra a testemunha.

A vítima foi socorrida pelo Samu e levada para atendimento médico, onde recebeu pontos na cabeça. Segundo a PM, a drag disse desconhecer os agressores e o motivo das agressões. Um boletim de ocorrência foi registrado, mas os agressores ainda não foram localizados.

 

“Pensei que fosse morrer”, desabafa artista

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Denis veio pra BC participar da Marcha e fazer um show

Denis veio pra BC participar da Marcha e fazer um show 

 

Ao DIARINHO, Denis contou que mora em Curitiba (PR) e veio para a Marcha da Diversidade e para se apresentar como “Joégua” na boate The Grand, personagem que encarna há 16 anos.

Denis confirmou ao DIARINHO que a agressão foi totalmente gratuita. Ele explicou que o grupo desceu de um carro e fez uma encenação como se Denis tivesse falado algo que pudesse motivar a agressão.

No entanto, não houve discussão. “Eles desceram e já deram um chute em meu peito. Eu caí no asfalto e bati a cabeça. Fiquei tonto, no chão, enquanto eles chutavam minha cabeça e faziam esganaduras em meu pescoço”, conta.

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Em uma tentativa de justificar a agressão, o grupo alegava que Denis tinha chamado alguém de macaco. “Eles falavam como se eu tivesse dito algo para motivar  a violência. Gritavam para as pessoas pra pensarem que eu havia começado uma briga. Eu apanhando e sem entender nada”, conta. “Pensei que fosse morrer. Muitas pessoas sem entender o que estava acontecendo. Até que umas meninas perceberam que era maldade e mentira”, completa.

Denis estava sozinho porque os amigos ficaram na Marcha e ele seguiu para casa pra descansar, porque à noite faria o show na boate The Grand.

Denis promete levar o caso à Polícia Civil e à Justiça. “Pois poderia não estar mais aqui”, conta, falando que espera que a polícia chegue até os agressores e eles paguem pela violência.

Esta foi a segunda agressão sofrida na vida. A primeira aconteceu em sua cidade natal. “Infelizmente, não foi um privilégio em BC”, desabafou.

 

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Repúdio

A Associação das Famílias de Pessoas LGBTQIAPN+ - AFAM Diversa e demais entidades organizadoras da parada de BC manifestaram repúdio aos atos de violência. “Trata-se de uma clara demonstração de homofobia, direcionada a todos os participantes desse evento. Ressaltamos que a Marcha pela Diversidade foi concebida como um espaço de expressão pacífica, respeitosa e inclusiva, onde se valoriza e celebra todas as formas de diversidade”, disse a nota. A entidade já encaminhou os vídeos das agressões às autoridades, para que identifiquem e responsabilizem os agressores. A associação está prestando apoio à vítima.




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Comentários:

juarez rezende araujo

08/11/2023 09:14

Canalhas que bateram neste ser humano que só queria mostrar sua arte.E covardes os outros que viram e nao foram intervir.Nao é que Santa Catareich é terra dos boçalnero,terra de gente estúpida e covarde.

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