Começou caótico

Usuários reclamam do novo transporte coletivo de Itajaí

Ônibus lotados, demora no trajeto, falta de informações e aplicativo meia boca são algumas das queixas

Queixas do serviço bombaram nesta segunda-feira (Foto: Leitor)
Queixas do serviço bombaram nesta segunda-feira (Foto: Leitor)
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O primeiro dia da operação do Sistema de Ônibus Local (Sol) foi de caos na vida dos usuários do transporte coletivo de Itajaí. As principais reclamações foram de ônibus lotados, ao estilo “lata de sardinha”, atrasos, dobro do tempo para percorrer os mesmos trajetos de antes e muita desinformação, com um aplicativo divulgado que não funciona direito.  

Moradora do bairro Santa Regina, A.C.Z., de 24 anos, afirma ter levado duas horas para vir do bairro até o terminal do bairro Fazenda. Até sexta-feira, antes da mudança, o trajeto era feito em uma hora. “Preciso aguardar e embarcar no circular de dentro do bairro (neste caso, o C9 - Santa Regina); parar no ponto/estação (que não estava sequer sinalizada); aguardar o outro ônibus (aqui, o T1B - Schmithausen/Santa Regina); e só depois fazer a rota. Estes ônibus não correm direto para o centro, já que eles continuam parando de ponto em ponto para pegar passageiros”, contou. 
Outra reclamação de A. é sobre o aplicativo Clive, indicado pela prefeitura para fazer o “acompanhamento” das novas linhas. “O app não é funcional, pois mostra o horário das linhas, mas não os pontos  que devo percorrer de modo direto. Por exemplo, com ele, eu não sei como vou voltar do trabalho até minha casa”, lamentou.
O problema da demora e o da superlotação também foram  enfrentados por A.S., de 63 anos, que mora em Cordeiros e vai perto do terminal do bairro Fazenda. “Todos os ônibus estão lotados hoje [segunda]. Os terminais estão uma loucura. De manhã era para o ônibus passar às 6h45, mas passou 7h07. E pra piorar, quando chegou ao terminal da Fazenda deu uma guerra, porque o ônibus que levaria as pessoas para a Praia Brava já tinha saído. O pessoal que trabalha na Brava chegou tarde no trabalho. Já às 18h, para voltar para o bairro, o ônibus estava lotado. Está todo mundo apavorado de tanta gente”, conta A. 
Outro usuário reclamou que os pontos de ônibus não dispõem de coberturas e que a espera é ao relento. Outra queixa é de quem usa o cartão e dispõe somente de quatro horas para usufruir da passagem dupla. Se passar deste tempo, precisa pagar novamente. Já quem paga a passagem em dinheiro tem de pagar o bilhete em cada ônibus que embarcar, antes o usuário pagava somente um bilhete. 
Não passou 
No sábado, a estudante Camila Martins, 22, quis voltar do Itajaí Shopping de ônibus para conferir as mudanças, mas ficou no vácuo: nenhum ônibus passou. “Aguardei a linha A2 - Estefano na Estação Matriz no horário das 20h10. Cheguei 10 minutos antes no local para ter segurança de pegar a linha no horário estabelecido, indicado tanto no site do SOL quanto no aplicativo. A Estação Matriz, início e fim de diversas linhas de ônibus, ainda não está pronta. Se não quiser ficar em pé, tem que sentar na mureta da panificadora Catedral. Esperei até 20h34, quando notei que já não valia mais insistência e chamei um Uber”, contou.

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Estudantes do IFSC farão abaixo-assinado 
M.M., estudante de 15 anos do IFSC Itajaí, afirma que as mudanças nas rotas, nos horários e nos preços prejudicaram os estudantes do Instituto Federal. Muitos estudantes estão sofrendo com essas alterações, principalmente os que moram no centro e precisam ir até a sede do IFSC na Ressacada. “Nesta segunda-feira, 1/3 da minha turma faltou ou chegou muito atrasado por conta do transporte. Paguei R$ 15 no transporte por aplicativo para vir e vou ter que pagar R$ 20 para voltar. Falei com minha professora de Sociologia para começarmos a recolher assinaturas para um abaixo-assinado, a fim de pressionar os vereadores e fazer um ajuste nesses horários e rotas”, contou.

 

Sol fará ajustes no sistema 
Em resposta às reclamações, a direção da Sol informou que vai otimizar as rotas e minimizar a demora. Os ajustes ainda estão sendo avaliados, “mesmo porque é apenas o primeiro dia de operação de um novo sistema complexo”. A empresa analisará a necessidade de implantação de mais itinerários e pontos de ônibus. Já a instalação de coberturas nos abrigos será avaliada pela prefeitura. “Estamos comprometidos em manter uma frota adequada para atender à demanda, com veículos novos e que aos poucos estão sendo inserido a frota atual”, informou.
A empresa ainda nega que houve aumento na tarifa. Os valores seguem os mesmos, mas, a partir de 1º de novembro, a tarifa em dinheiro custará R$ 4,50, já para compra antecipada será R$ 4,30. Será possível optar pelas tarifas promocionais, como exemplo, a empresa citou  a tarifa diária que custará R$ 6, possibilitando utilizações ilimitadas durante todo o dia.


Onde reclamar? 
Usuários do transporte público podem tirar dúvidas e fazer reclamações pelos seguintes canais: telefone de atendimento (47) 3349-2203, WhatsApp (47) 3048-0152, e-mail contato@consorcioatalaia.com.br ou no telefone 0800-1232203, que será ativado nesta terça-feira.
A prefeitura de Itajaí também dispõe da Ouvidoria pras queixas, acessada 24h no endereço online, ou presencialmente na rua Alberto Werner, 73, Vila Operária, das 13 às 19h.






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