SANTA CATARINA

Menina sequestrada ficou presa 24h no porta-malas

Bandidos pediram R$ 11 milhões de resgate; criança foi resgatada na madrugada

Criança foi liberada na madrugada sem ferimentos
Criança foi liberada na madrugada sem ferimentos

O caso da menina de 11 anos sequestrada em Criciúma teve um resultado considerado de sucesso pela Polícia Civil. A criança foi resgatada com vida, sem sinais de agressão e foi devolvida para a família. Foram 24 horas de sequestro, com a menina mantida em porta-malas de diferentes carros, com os pés e mãos amarrados. Um dos cinco suspeitos, de 22 anos, está preso.

Em coletiva de imprensa na quinta-feira, o delegado Anselmo Cruz, responsável pela investigação, informou que a menina esteve em pelo menos três veículos diferentes. Ela não sofreu agressões, mas tinha marcas nos punhos e tornozelos, pois foi amarrada. A menina ficou sem comer e foi tirada do veículo duas vezes para fazer as necessidades.

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O sequestro foi por volta da meia-noite de quarta-feira e durou 24h. O delegado afirma que os criminosos estavam preparados para ficar mais tempo tentando uma negociação.

No primeiro e único contato feito, às 6h de quarta, os sequestradores enviaram uma carta com exigências à família e pediam R$ 11 milhões para liberar a criança. O pagamento teria que ser feito num prazo de 72 horas. Havia ainda exigência para que o crime não fosse noticiado e para que não houvesse a prisão de nenhum envolvido.

Os carros utilizados no crime foram roubados há dois meses em Içara e Criciúma. Isso mostra, para a investigação, que os criminosos se prepararam antecipadamente para o crime.

Ainda na madrugada de quarta, um carro incendiado foi encontrado no bairro Linha Batista, em Criciúma. Dentro, estava a jaqueta, o celular da menina e roupas dos suspeitos. Logo depois, no início da tarde, um segundo carro foi localizado em uma área de mata em Içara. Há suspeita de que ele também  tenha sido o utilizado no sequestro.

Segundo carro recuperado pela polícia (Foto: divulgação)

 

Sequestrada na porta de casa 

O sequestro aconteceu na madrugada de quarta-feira, quando a menina chegava em casa com o pai após assistirem a uma partida de futebol. Para dificultar a entrada do pai em casa, os criminosos trancaram o portão com uma corrente e cadeado.

O pai dirigiu o carro até uma rua lateral para entrar por outro portão. Nesse momento, os cinco sequestradores atacaram a família.

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O pai contou à polícia que toda a ação durou cerca de 30 segundos. Houve luta corporal do pai com os criminosos. Quando o pai se deu conta, a menina tinha sido levada e ele acionou a Polícia Militar.

Durante toda a quarta-feira, os criminosos rodaram com a menina no porta-malas por várias cidades de SC e chegaram ao Rio Grande do Sul. 

O delegado explicou que o caso foi bastante delicado por ter em risco a vida da vítima.

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Advogado ajudou no resgate da criança

DelegadoAnselmo conduziu a investigação

DelegadoAnselmo conduziu a investigação

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Segundo o delegado Anselmo Cruz, o crime começou a ficar perto do desfecho quando a polícia recebeu o contato de um advogado criminal disposto a ajudar nas negociações. A polícia não informou detalhes deste contato.

A menina foi liberada e acolhida num posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Araranguá, no sul do estado. Ela recebeu atendimento médico por parte da concessionária que administra a rodovia e logo após foi acolhida  pela família.

O delegado destacou que a criança colaborou com um desfecho sem violência. Ele relata que, apesar do trauma sofrido, a menina agiu com calma, serenidade e conversou sobre tudo que ocorreu.

“O que define o sucesso é a refém resgatada e entregue à família. O resto a investigação vai desenrolar”, completou o  também delegado Yuri Miqueluzzi.

O histórico de resolução dos casos de sequestro em SC é de 100% de sucesso. Desde o começo da década de 1980, nenhum pagamento foi feito a criminosos em pedidos de resgates. Todas as vítimas foram resgatadas em cativeiro. Foram pelo menos 30 casos resolvidos nesse período (1980-2023), todos com atuação da divisão antissequestros da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

 






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