ATOS GOLPISTAS
STF vai analisar denúncia sobre “Fátima de Tubarão”
Grupo de 70 pessoas é acusado de crimes nas invasões em Brasília no 8 de janeiro
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o julgamento das denúncias contra a catarinense Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, que ficou conhecida como “Fátima de Tubarão”, e mais de 70 pessoas investigadas por participação nos atos golpistas no dia 8 de janeiro, em Brasília (DF). A análise dos ministros está prevista entre os dias 14 e 18 de agosto.
Caso as denúncias sejam aceitas, o processo judicial é aberto e os acusados viram réus, tendo início a fase de colhimento de provas e tomada de depoimentos da defesa e da acusação até o julgamento final. A análise das denúncias faz parte de uma nova leva de acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Até o momento, o STF já tornou réus 1290 denunciados pelas invasões golpistas nas sedes dos três poderes.
Foram denunciadas 1390 pessoas por autoria ou participação nos atos golpistas. A previsão é de que os primeiros réus sejam julgados a partir de setembro. “Fátima de Tubarão” ganhou repercussão nas redes sociais ao aparecer em um vídeo gravado no Palácio do Planalto, no qual diz ter quebrado e defecado no STF e faz ameaça de “pegar o Xandão”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.
Os acusados do dia 8 de janeiro são denunciados pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano qualificado. A nova sessão para julgamento das denúncias foi convocada pela ministra Rosa Weber nesta semana. Os advogados e procuradores têm prazo até domingo pra apresentar manifestações.
De acordo com dados do STF, 228 processos dos primeiros denunciados no inquérito estão prontos pra serem julgados. Os prazos pras defesas apresentarem recursos finais está correndo até 23 de agosto. Depois, bastará ao tribunal marcar a sessão de julgamento. Até o momento, a PGR já defendeu a condenação de ao menos 60 réus que respondem pelos ataques.