Investigação
Dalçóquio é acusado de bloqueios em protestos
Segundo dados da PRF, caminhões de Dalçóquio participaram dos protestos contra os resultados das eleições
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Espécie de “padrinho político” de Jair Renan Bolsonaro em Santa Catarina, o empresário Emílio Dalçóquio Neto, de Itajaí, é acusado de ser um dos financiadores dos movimentos golpistas que fecharam rodovias logo após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Segundo relatórios da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Dalçóquio é dono de caminhões identificados participando de barreiras em outubro passado. O envolvimento do empresário em atos antidemocráticos está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).
Emílio é natural de Itajaí e herdeiro da transportadora Dalçóquio, uma das maiores do Brasil. Pelos documentos da PRF, vários dos veículos foram usados para a obstrução de vias em SC. Segundo a reportagem do jornal O Globo, Dalçóquio teria liderado os bloqueios em Itajaí ao lado de outras 22 pessoas.
Nos últimos meses, Emílio tem circulado em eventos políticos ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente e pré-candidato a vereador em Balneário Camboriú. O “04” atualmente ocupa um cargo no gabinete do senador Jorge Seif (PL).
Emílio e Jair Renan estiveram em Itajaí, Penha e Tijucas em eventos do Partido Liberal. No último dia 23 de junho, a agenda foi em Tijucas, ao lado da deputada federal Júlia Zanatta (PL). Eles estiveram na Associação Projeto Lixo Limpo, no bairro Jardim Progresso.
Renan quer ser candidato em BC
A expectativa de Jair Renan é disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Balneário em 2024 tendo Dalçóquio como "padrinho". Emílio reforçou em Tijucas que os Bolsonaro são “esperança da direita livre e viva”, e chegou a insinuar que “todo mundo sabe o que aconteceu” nas eleições de 2022, insinuando a tese da “fraude” nas urnas eletrônicas. Procurado, o empresário não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento da matéria.