Empresários querem novo projeto pra ponte da 101 sobre o rio Itajaí-Açu
Objetivo é construir uma estrutura ampla que permita acessar a hidrovia Blumenau-Itajaí
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Fiesc quer uma ponte totalmente nova, com maior capacidade, para o lugar da atual
(Foto: João Batista)
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) pediu à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alteração no projeto de ampliação da ponte da pista norte da BR 101 sobre o rio Itajaí-açu, entre Itajaí e Navegantes. A entidade defende uma ponte totalmente nova, já com maior capacidade e não apenas o alargamento da atual.
O projeto foi apresentado no mês passado pela concessionária Arteris Litoral Sul para a ANTT como uma das medidas para destravar o trânsito no trecho da BR 101 entre Penha e Itajaí. Pela ...
O projeto foi apresentado no mês passado pela concessionária Arteris Litoral Sul para a ANTT como uma das medidas para destravar o trânsito no trecho da BR 101 entre Penha e Itajaí. Pela proposta, seria construída uma ponte paralela à antiga, no sentido norte, adicionando duas faixas de rolamento da via marginal, que se ligaria diretamente ao acesso da BR 470, em Navegantes.
Para a Fiesc, a construção de uma estrutura paralela é um entrave à passagem de embarcações maiores no rio Itajaí-Açu, inviabilizando uma hidrovia que pode ser uma alternativa importante para ajudar a destravar a logística na região.
Construída antes da duplicação, a ponte do sentido norte é mais antiga que a do sentido sul e tem pilares muito próximos e com alinhamento diferente dos da ponte mais nova.
Essa condição limita o trânsito de embarcações pelo rio que, segundo a Fiesc, tem potencial para ligar Blumenau ao mar. Para viabilizar a hidrovia e resolver o gargalo da BR 101, a entidade aponta como melhor solução a demolição da ponte velha e a construção de uma nova. A ideia é de uma estrutura já com maior capacidade de veículos e pilares alinhados corretamente.
Segundo o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, a construção de uma nova ponte representa um investimento estratégico para a região, considerando a proximidade de um dos mais importantes complexos portuários da América do Sul. O projeto ainda atenderia à atividade industrial, vários armazéns e recintos alfandegados no entorno da BR, que passariam a ter melhores condições logísticas.
A proposta também leva em conta o aumento da movimentação com a BR 470 duplicada e conexão da rodovia com os portos. “A duplicação da BR 470 resultará em maior movimentação de um corredor que, em conjunto com a BR 282, permite o escoamento da produção do Oeste de Santa Catarina, do Alto e Médio Vale do Rio Itajaí com destino ao mercado internacional”, destaca a Fiesc.
No documento encaminhado à ANTT, a entidade ainda pede rapidez na avaliação da proposta feita pela concessionária no mês passado, com medidas emergenciais para melhorar o fluxo da BR 101 na região. O projeto da Arteris lista uma série de obras para aumento da capacidade da rodovia entre os quilômetros 105,6, em Penha, e 129,3, em Camboriú, nos dois sentidos, trecho apontado como o mais crítico na região.
Uma das propostas é a implantação de terceiras-faixas entre Penha e Itajaí. A previsão é de que as obras possam começar entre fevereiro e março de 2024, se tudo correr dentro dos prazos. Havendo o aval da ANTT, a concessionária deve levar 180 dias pra elaborar o projeto executivo, que depois tem que ser analisado pelo órgão federal em até 120 dias e ainda passar pelas licenças ambientais.
Hidrovia do rio Itajaí-Açu
Pelos levantamentos técnicos, a hidrovia pelo rio Itajaí-açu possui potencial de até 70 quilômetros de via navegável, desde Blumenau até a foz do rio, na altura dos portos de Itajaí e Navegantes. Nos 12 quilômetros finais, a via fluvial poderia, inclusive, receber embarcações de maiores dimensões do que as barcaças, além de estimular a instalação de novas empresas.
“Seria, portanto, uma alternativa para auxiliar no escoamento da produção de uma região de intensa atividade industrial, que não deve ser inviabilizada pelo projeto [atual] da ponte”, defende a entidade. As margens do rio Itajaí-açu, à montante do porto, contam hoje com portos privados, estaleiros, empresas de pesca, indústrias navais e náuticas.
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