Na sexta-feira, Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, foi condenado pela 4ª Vara do Trabalho de Barueri por exploração sexual e tráfico de mulheres e deve pagar uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais. O dinheiro vai ser encaminhado para três instituições de saúde que ainda não foram divulgadas.

Segundo o parecer da Justiça do Trabalho, o caso foi considerado a maior condenação por tráfico de pessoas na história do país e a segunda por dano moral coletivo por trabalho escravo.

Em dezembro de 2020, o empresário de 69 anos foi acusado por explorar sexualmente 14 mulheres e meninas, mantidas em situação análoga à escravidão, a partir de falsas promessas de trabalho, e submetidas a sistema de tráfico. No final da investigação, as informações apuradas foram de que mais de 100 meninas e mulheres, entre 16 e 21 anos, foram abusadas pelo homem desde 2008.

Saul Klein é filho de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, que morreu em 2014. Saul vendeu suas ações em 2009 e não faz mais parte da empresa. A atual proprietária da Casas Bahia diz que Saul nunca possuiu qualquer vínculo ou relacionamento com a companhia. Em 2020, ele foi candidato a vice-prefeito da cidade de São Caetano do Sul.

A investigação, que começou há quase três anos, rendeu material para uma série documental, já noticiada pelo DIARINHO em 2021. 

A série “Caso Saul Klein: As revelações completas”, da CNN Séries Originais, narra detalhes do inquérito contra o herdeiro das Casas Bahia.