Denúncia aponta uma infestação. Resíduos de food trucks e de lixeiras seriam o chamariz para as ratazanas
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Oferta de comida e de abrigo favorece presença dos roedores, informa especialista
(foto: João Batista)
Prefeitura diz que fiscaliza e que vai reforçar orientações s comerciantes sobre o lixo (Foto: Reprodução)
Ratos são vistos mais facilmente pela noite
Moradores e comerciantes da avenida Beira Rio, em Itajaí, denunciam uma infestação de ratazanas no local. Os tonéis do serviço de coleta de lixo da Ambiental, que recebem resíduos depositados pelos carrinhos de lanche e frequentadores, teriam se tornado um chamariz para os animais. Lixos largados na avenida e às margens do Saco da Fazenda também atraem a praga.
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Os ratos são transmissores de mais de 35 doenças para humanos e animais domésticos, entre elas a leptospirose, peste bulbônica, tifo, salmonelose e hantavirose. Na Beira Rio, os roedores ...
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Os ratos são transmissores de mais de 35 doenças para humanos e animais domésticos, entre elas a leptospirose, peste bulbônica, tifo, salmonelose e hantavirose. Na Beira Rio, os roedores têm sido vistos passando pela ciclovia e nas calçadas, principalmente depois das 22h.
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Nesse horário, já há pouco movimento de pessoas e as lixeiras estão com os resíduos acumulados durante o dia. Um ponto crítico é na frente da Associação Náutica de Itajaí (ANI), onde há tóneis de lixo. Os ratos aparecem circulando perto das lixeiras e atravessando o gramado entre a baía e a avenida e não se incomodam com quem está passando na rua.
Em nota, o município informa que tem fiscalizado frequentemente os food trucks que atuam na avenida Beira Rio. “No local, é realizada a coleta de resíduos duas vezes por dia (tarde e madrugada) e há contentores subterrâneos e superficiais para auxiliar no armazenamento do lixo”, esclarece.
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A prefeitura lembra que os carrinhos de comida não podem permanecer estacionados na rua, sendo necessária a retirada de todos os materiais após a atuação. Além das medidas já adotadas e da fiscalização constante, o município ainforma que as Vigilâncias Epidemiológica (Gerência de Controle de Zoonoses) e Sanitária irão novamente ao local.
Os comerciantes serão orientados sobre o correto acondicionamento do lixo e as boas práticas de manipulação dos alimentos. Também será verificada a questão da infestação de ratos.
A leptospirose está entre as doenças mais comuns transmitidas pelos ratos. A bactéria que sai pela urina do animal pode infectar os humanos pelo contato direto ou pela água, alimento e solo contaminados. Outra doença é a tifo murino, que causa febre alta, provocada por uma bactéria que está nas pulgas que parasitam os roedores.
Preocupação do comércio
A proprietária do Beira Bar Bistrô, Cláudia de Albuquerque Fernandes, avalia que o problema é sério e que os comerciantes estão muito preocupados. Ela informa que os estabelecimentos ainda não levaram a questão ao município, mas acredita ser uma medida correta que pode ser tomada.
O restaurante dela fica no trecho da Beira Rio já perto do Centreventos. “No nosso estabelecimento estamos sempre atentos para o problema e tentamos conter ao máximo. Nosso estabelecimento é amplo e temos um jardim grande com alguns pets. Isso faz com que tenhamos que ter um cuidado especial no controle aos ratos”, destaca.
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Água, alimento, abrigo e acesso favorecem pragas urbanas
Ratazanas sabem mergulhar no lodo, cavar túneis e se adaptar ao lixo e esgoto
A engenheira agrônoma Roberta Viana, do grupo Emops, especializado em controle de pragas urbanas, diz que os ratos se adaptaram ao convívio do homem devido ao fornecimento dos quatro “As”: água, alimento, abrigo e acesso. No caso dos roedores da Beira Rio, ela comenta que eles se proliferaram no local por conta da oferta desses fatores.
No ambiente urbano, segundo explica a especialista, são três espécies de roedores mais comuns. O rato preto ou de telhado (Rattus rattus) é excelente escalador e costuma se abrigar em forros e andar nos telhados. A espécie do camundongo (Mus musculus) é encontrada dentro das casas, onde os animais comem frutas e outros alimentos da dispensa.
A espécie da ratazana (Rattus novergicus) é um tipo nadador e cavador, que consegue ficar submerso por até três minutos e cava túneis de até dois metros de profundidade. O rato é comum em áreas de esgoto, bueiros e lixões, e são justamente esses que estão infestando a Beira Rio.
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Independentemente da espécie, os roedores são onívoros, ou seja, comem de tudo. Por isso, a especialista ressalta a importância de que as lixeiras tenham tampas e evitem o acesso aos roedores e outras pragas. No caso da Beira Rio, a coleta frequente e a conscientização da população pra descartar o lixo adequado são outras medidas contra infestações.
“Juntamente com as ações ambientais, é importante contratar uma empresa especializada em controle de pragas para traçar estratégias de controle da população de roedores que se instalou no local de forma segura e eficaz, sem colocar em risco a fauna, animais domésticos e pessoas que utilizam a área como lazer”, completa.
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