Arteris quer terceiras-faixas nos trechos da BR 101 entre Penha e Itajaí
Obras dependem de liberação da ANTT e devem acarretar em aumento do valor do pedágio na região
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Nova faixa vai atender demanda do trecho que é considerado o mais crítico da rodovia
(Foto: João Batista)
A instalação de terceiras faixas entre Penha e Itajaí foi proposta como solução emergencial para destravar o trecho da BR 101 na região. A medida está em estudo da concessionária Arteris Litoral Sul e foi apresentada na semana passada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O estudo fundamenta a necessidade de ampliação de capacidade de tráfego no trecho que é considerado o mais crítico da rodovia. A proposta também foi apresentada nesta semana em reunião ...
O estudo fundamenta a necessidade de ampliação de capacidade de tráfego no trecho que é considerado o mais crítico da rodovia. A proposta também foi apresentada nesta semana em reunião na Fiesc, que cobra medidas emergenciais contra a tranqueira na BR 101. O custo das novas obras ainda não foi calculado, mas deverá ser financiado pela cobrança de pedágio.
As melhorias teriam prazo de dois de anos para execução, após aprovação na ANTT e liberação das licenças ambientais. “Há necessidade de liberação da agência para esse projeto. Estamos tendo reuniões constantes com eles”, informou o gerente técnico da Arteris, Marcos Dutra, no encontro da Fiesc.
Conforme o gerente, ainda precisa ser elaborado o projeto executivo das terceiras-faixas, o que levaria em torno de 180 dias. Após essa etapa, o projeto tem que ser protocolado na ANTT, que tem prazo de 90 a 120 dias para análise, além da obtenção de licenças ambientais.
"Se tudo ocorrer dentro dos prazos, as obras iniciariam entre fevereiro e março de 2024”, prevê Marcos Dutra. No evento, o engenheiro Newton Gava, autor do estudo, disse que o conjunto de intervenções dará resultado rápido.
Marcos Dutra lembrou que a necessidade de ampliação de capacidade da BR-101 já vem sendo discutida há bastante tempo. O estudo de tráfego anterior foi feito em 2015-2016. O material apresentado nesta semana é um levantamento atualizado.
“Para o atual momento que a rodovia vive e pela necessidade de execução de obras sem muitas restrições e com menor impacto, estudamos uma proposta de implantação de terceiras-faixas em segmentos mais críticos”, disse o gerente da concessionária.
Para o trecho de Balneário Camboriú, outro ponto crítico identificado pelo estudo na região, já há obras previstas pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O acordo prevê terceira faixa do km 129 até o km 135, no sentido sul; terceira faixa do km 129 até km 138, no sentido norte, e na rua lateral norte desde o PA da Barra até o hotel Cotoni.
Nova ponte está fora do plano emergencial
Em 2017, foi protocolado na ANTT o pedido para a execução de um pacote de obras que, à época, totalizava cerca de R$ 2,7 bilhões em investimentos entre Garuva e Palhoça, para melhorar o tráfego e a segurança da rodovia. A proposta não foi aprovada e nunca saiu do papel.
Um dos pontos que preocupam a Fiesc é a implantação da ponte na marginal norte do rio Itajaí-Açu, que ficou fora do pedido mas estava no pacote original. O entendimento é que a obra apenas do alargamento não é o ideal. Uma nova ponte no local ligaria a marginal diretamente com a BR 470.
“Esse alargamento da ponte não é a melhor solução para Santa Catarina. Vai melhorar o tráfego, mas inibe que as empresas se instalem nas margens do rio. Não é uma solução que contempla o estado”, opinou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
O senador Esperidião Amin (PP) reforçou que as intervenções são necessárias, salientando que tem que levar em conta o prazo da concessão, que vai até 2033, e os reflexos no preço do pedágio. “Qualquer intervenção vai representar um custo adicional tarifário. Quanto mais tempo e contrato tivermos, menor será o impacto. E quanto menos tempo, maior será esse impacto”, analisou.
Governo federal libera mais R$ 482 milhões pra Santa Catarina
Para 2023, o orçamento federal para as BRs catarinenses é de R$ 1,42 bilhão, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O total representa R$ 482 milhões a mais que os R$ 938 milhões previstos inicialmente previstos para Santa Catarina para manutenção e obras nas rodovias BRs 470, 280, 163, 285, 282 e 158, numa alta de 51%.
Após cortes nos últimos anos, a duplicação da BR 470 deve ganhar um aumento no orçamento em 2023. Com isso, o Dnit espera quitar as desapropriações pendentes da obra até o final do ano, a maior parte no trecho entre Blumenau e Indaial, e manter o ritmo dos trabalhos nos trechos mais avançados, entre Navegantes e Ilhota.
As terceiras-faixas propostas para a BR 101 serão rno trecho inicial da BR 282, entre Águas Mornas e Alfredo Wagner, no primeiro semestre de 2024. O Dnit prevê lançar a licitação pra contratação do projeto em julho. A BR 280, no norte do estado, também teve aumento de recursos pra agilizar as obras de duplicação.
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