A comerciante Solange Machado, dona de uma lanchonete no bairro São Domingos, em Navegantes, voltou a denunciar que está sofrendo perseguição de alguns agentes da Polícia Militar. A lanchonete virou alvo constantes de batidas, segundo ela, sem qualquer motivo.
Há oito meses Solange já havia procurado o DIARINHO para denunciar a perseguição. Na época, ela contou que os policiais militares invadiam sua lanchonete com a desculpa de denúncias por perturbação do sossego, intimidando e colocando lanterna no rosto da clientela.
Para tentar sair da mira da PM, a comerciante fechou todo o seu estabelecimento, deixando somente os banheiros para o lado de fora. “Como eu fechei a frente, os banheiros ficaram pra fora ...
Há oito meses Solange já havia procurado o DIARINHO para denunciar a perseguição. Na época, ela contou que os policiais militares invadiam sua lanchonete com a desculpa de denúncias por perturbação do sossego, intimidando e colocando lanterna no rosto da clientela.
Para tentar sair da mira da PM, a comerciante fechou todo o seu estabelecimento, deixando somente os banheiros para o lado de fora. “Como eu fechei a frente, os banheiros ficaram pra fora. Agora eles ficam abordando os clientes no banheiro. No sábado [21/05], eles até espancaram um rapaz. Já fiz a denúncia até no Ministério Público”, conta.
Solange fez vídeos da abordagem da PM. Nas filmagens, os PMs aparecem com um rapaz sem camiseta. A filmagem foi feita de longe e, em determinado momento, aparece o jovem levando supostamente um chute.
A comerciante ainda contou que os PMs usaram estilingue para atirar pedras na cabeça dos clientes e obrigaram os jovens a usar crack em frente ao seu comércio. “Eles estavam judiando tanto dos caras que levantei, acendi a luz pra eles verem e pararem”, conta. Ela também filmou uma pequena fogueira no chão e uma lata de refrigerante, que teria sido usada para fumar crack.
Denúncia no MP
Solange já fez a denúncia ao MP, mas diz que o órgão é conivente porque o problema ocorre há quase um ano e nada de ter uma solução.
Como o caso não se resolve, ela estuda fechar também a parte dos banheiros para evitar a perseguição a sua clientela. Ela acredita que os PMs fazem isso para forçá-la a fechar o estabelecimento. “Também falei com os meus advogados e estamos vendo para entrar uma ação de danos morais, porque eles não podem ficar oprimindo as pessoas”, comenta.
A Polícia Militar de Navegantes informou que as denúncias de outubro de 2022 estão sendo apuradas. Sobre as novas denúncias de maio, a corporação informou que não encontrou nenhuma nova ocorrência na lanchonete no mês de maio no sistema. Já o MP informou que não irá se manifestar sobre a investigação e nem sobre a denúncia de omissão feita pela comerciante.
