NAVEGANTES
Mãe denuncia maus-tratos a aluno autista em escola de Navegantes
Secretaria de Educação nega e diz que criança recebeu todo o suporte necessário
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Um menino autista de Navegantes está passando por um período difícil na escola. Além da dificuldade da mãe de conseguir que o diagnóstico fosse aceito, a criança ainda teve uma desavença com um professor e precisou passar por psicólogo para voltar à sala de aula. A criança foi levada para a sala da diretoria pois um professor não queria deixar que saísse mais cedo e desde então ele sofre com ansiedade e medo.
O menino de 12 anos estuda em uma escola municipal de Navegantes e a mãe lutou para conseguir o laudo comprovando o espectro autista. Depois, como a criança ficava agitada no horário do recreio, ela pediu para que os professores o liberassem alguns minutos antes, para poder comer com calma. Porém, um dos professores se recusou a deixar a criança sair e um dia o menino foi chamado para a diretoria.
Segundo a mãe, os servidores falaram para a criança que ele não era especial e nem tinha direito de sair mais cedo. O professor teria brigado com o menino e apontado o dedo diversas vezes para ele, dizendo que se a criança não obedecesse iria perder os minutos extras de recreio. A mãe conversou com a diretora da escola, que negou todo o caso e disse que foi apenas uma reunião para esclarecer o caso com o professor. O menino teve dificuldade de voltar pra escola e sofreu uma crise de ansiedade ao rever o docente.
“A psicóloga disse que muita coisa aconteceu, ele dentro daquela sala, foi muita pressão psicológica”, conta a mãe.
Depois de muita conversa, com o professor tentando explicar a situação e um boletim de ocorrência registrado pela mãe, foi acordado que o menino iria para uma sala de apoio durante as aulas do professor e teria ajuda de uma psicóloga. “Até hoje eu não sei o que aconteceu naquela sala”, relata a mãe. De acordo com ela, o menino de 12 anos ainda tem ansiedade relacionado com o que aconteceu, como coceiras constantes. Ele não consegue nem mesmo falar sobre o caso.
A mãe conseguiu um psicólogo pelo SUS e o menino está voltando para a sala aos poucos, mas não pôde ir em um passeio da escola pois a monitora não foi autorizada a acompanhar. As sessões com a psicóloga estão ajudando, mas agora ele sofre bullying dos colegas, que gostam muito do professor e têm medo de sua saída.
“Eu só quero respeito, mais nada, que meu filho possa ser ouvido e atendido”, finaliza ela.
A Secretaria de Educação de Navegantes informou que o caso já foi atendido e o menino recebeu todo o suporte profissional necessário. “A família já foi atendida pela equipe gestora da unidade de ensino e, na oportunidade, buscou alinhar as expectativas dos pais com as reais capacidades da escola. Importante destacar que em nenhum momento o aluno foi privado do acesso e permanência em sala de aula”, disse a pasta.
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