Uma comunidade terapêutica era para ser um local de acolhimento, mas acabou se tornando um pesadelo para algumas pessoas em Gravatal, no sul do estado. O Ministério Público de Santa Catarina interditou a comunidade após flagrar indícios de tortura e cárcere privado.
A fiscalização feita na terça-feira passada resgatou 38 pessoas de condições precárias e aconteceu após a Polícia Civil começar a investigar o assassinato de um paciente do local no início ...
 
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A fiscalização feita na terça-feira passada resgatou 38 pessoas de condições precárias e aconteceu após a Polícia Civil começar a investigar o assassinato de um paciente do local no início de maio. O homicídio investigado aconteceu após um dos internos apresentar alteração e ser contido por outro com um mata-leão.
Durante a vistoria, o MP não encontrou nenhum funcionário ou pessoa responsável pelo local. Apenas um monitor, que também era acolhido da instituição, fazia a gestão do espaço e ministrava a medicação para os outros acolhidos.
A situação mais grave, de acordo com o Ministério Público, foi encontrada nos fundos do imóvel. Cerca de 15 pessoas, a maioria egressa do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Santa Catarina, estavam cercadas por grade e muros com arame farpado.
Segundo o MP, muitas pessoas “estavam privadas de liberdade, muitas delas machucadas, feridas, relataram sofrer maus-tratos, tortura, privação de refeições como forma de punição e informaram serem proibidas de saírem da comunidade”.
Até um adolescente foi encontrado, sendo que por lei não deveria estar no local. Ele foi resgatado pelo Conselho Tutelar. Quatro pessoas foram levadas ao hospital, as outras foram encaminhados a outras instituições ou voltaram para as famílias.
Nas investigações, o MP descobriu que a comunidade terapêutica recebe recursos do Programa Reviver, do governo estadual.