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O ato foi no gabinete do prefeito, na presença de autoridades, secretários municipais e servidores públicos.

O ato foi no gabinete do prefeito, na presença de autoridades, secretários municipais e servidores públicos.

Sem prefeito e sem vice: o que vai acontecer em Brusque após as cassações de mandatos? Clique aqui e ouça agora!

Em seu discurso de posse, Vechi tranquilizou a população quanto aos serviços prestados pelo município. “Minha gestão será de continuidade. Também peço apoio dos vereadores para que possamos minimizar qualquer problema. Vamos colocar a cidade acima de qualquer coisa”, disse.

Pelo Código Eleitoral, os eleitores de Brusque deverão voltar às urnas para escolher novos integrantes para o cargo de prefeito e vice-prefeito. O mandato de Vechi, iniciado nesta segunda-feira, seguirá até a nova eleição para escolher os novos líderes do executivo municipal. O novo pleito, sem data informada ainda, será convocado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Entenda o rolo

O julgamento do TSE foi na quinta-feira da semana passada e atendeu pedido do diretório municipal dos partidos PT, PV e PSB. Na representação à justiça eleitoral, os partidos alegaram influência do empresário Luciano Hang, dono da Havan, no resultado do pleito. Além da cassação, Ari, Gilmar e Hang estão inelegíveis por oito anos.

Para o ministro Alexandre de Moraes, Hang usou a marca das lojas Havan e seu poder  econômico para fazer campanha negativa contra opositores à chapa de Ari Vequi. “Houve utilização de toda a estrutura das lojas Havan na campanha eleitoral. Houve também uma flagrante e ostensiva quebra da igualdade das chances entre os candidatos. Dou provimento ao agravo”, escreveu  Moraes na decisão.

O voto dele foi seguido pela maioria dos ministros. Como o da ministra Cármen Lúcia, que afirmou que o abuso do poder econômico se manifestou de várias formas. Ela destacou que houve uma ação contínua que está devidamente comprovada e que a legislação brasileira não aceita o impulsionamento negativo nas redes sociais.

Cármen Lúcia reforçou que há que se pensar em impulsionamentos negativos, proibitivos, que não sejam apenas os tecnológicos, mas, também, aqueles que interfiram na vontade de algumas pessoas expressarem livremente o seu voto, exatamente pela força de personalidades e de empresas que atuam de forma nem sempre subliminar. “Se cuida, aqui, sim, de um caso em que há abuso na atuação e a consequente quebra de isonomia entre os candidatos”, finalizou a ministra.

Na semana passada, o empresário Luciano Hang informou que somente "manifestou sua opinião nas últimas eleições", que mantém sua convicção de que não fez nada de errado e respeita a decisão do TSE.