Um assistente em educação de uma creche no bairro Vila Verde, em Camboriú, foi exonerado após ser acusado por uma mãe de ter estuprado o filho dela, de cinco anos, na última quarta-feira. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e por enquanto não há confirmação do abuso.
Nesta sexta-feira, o suspeito foi até a Secretaria de Educação para seguir a ordem da sua exoneração, mas familiares da criança teriam cercado o prédio e passaram a ameaçar o suspeito ...
Nesta sexta-feira, o suspeito foi até a Secretaria de Educação para seguir a ordem da sua exoneração, mas familiares da criança teriam cercado o prédio e passaram a ameaçar o suspeito e também a secretária de Educação. A Polícia Militar teve que ser acionada.
A prefeitura informou que a exoneração ocorreu por se tratar de um funcionário contratado em caráter temporário (ACT) e que atuava na escola há apenas três dias. “Todas as providências cabíveis foram tomadas pela Secretaria Municipal de Educação e o caso agora está sendo investigado pela polícia. Reforçamos o compromisso com a proteção e segurança dos nossos alunos, pais e responsáveis, e nos colocamos à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários”, disse, em nota, a Secretaria de Educação.
A coordenadora do CEI explica que no dia 2 de maio recebeu novos assistentes, entre eles o rapaz denunciado. No dia seguinte, ele iniciou os trabalhos na turma do pré juntamente com outra professora. “Nesse mesmo dia a coordenadora recebeu, no final do dia, uma mensagem de uma mãe, relatando sobre um possível abuso sexual. A primeira medida tomada pela coordenadora foi mandar mensagem para o rapaz que não era mais aparecer no CEI e ir direto à Secretaria de Educação para tratar da exoneração”, informou a prefeitura.
Uma psicóloga que faz parte da equipe multidisciplinar acionou o Conselho Tutelar. O conselho tentou conversar com a família na noite do ocorrido, mas a mãe marcou o encontro para o outro dia. “No dia 4, a coordenadora se reuniu com a mãe e a psicóloga, e adotaram as ações do protocolo. Foi solicitado à mãe que fosse à delegacia fazer o boletim de ocorrência e a psicóloga da educação, seguindo o que determina o protocolo, pediu para a mãe manter em sigilo para resguardar a criança, durante o período de investigações. Tudo encaminhado para o jurídico da Educação”, completou a prefeitura.
Segundo a secretaria, nenhum servidor ou profissional da educação é conivente com qualquer tipo de violência contra crianças, mas que todos os casos de violência sexual são mantidos em sigilo para preservar a criança, de acordo com o protocolo para estes casos.
Polícia investiga
O Conselho Tutelar informou que acompanha o caso, mas não deu detalhes sobre o ocorrido. O delegado Saverio Sarubbi informou que foi instaurado um inquérito policial e a mãe será intimada para depor, assim como o professor, a secretaria de Educação e o conselheiro tutelar que atendeu o caso. A criança poderá passar por escuta especializada da criança do Poder Judiciário. A polícia também espera ter acesso às câmeras de monitoramento para verificar se há gravação no interior da escola. “A investigação ainda está em andamento”, informou o delegado.