Quatro pets da escola de cães-guias Helen Keller, de Itajaí, fizeram um passeio nas alturas num dos cartões postais da região. Havana, Harpa, Happy e Hibisco passaram por treinamento na FG Big Wheel para que no futuro possam guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave até mesmo nas alturas.

A ideia é que os cães conheçam todos os locais do complexo e que passem por todas as etapas para que, quando estiverem auxiliando seu tutor, possam encontrar um banco para sentar, andar em meio às pessoas e chegar até a cabine.

“Essas contribuições dos atrativos turísticos de Balneário Camboriú são muito importantes. Nós temos um sonho que é contribuir para que Balneário Camboriú se torne a cidade mais inclusiva do Brasil, já que recebe tanta gente e entre esses tantos turistas têm também os cegos, os cadeirantes”, diz Elis Busanello, presidente do instituto.

Espaço pet friendly

A roda-gigante de BC é um espaço pet friendly, ou seja, está de portas e cabines abertas para receber os bichinhos de quatro patas. Os animais de pequeno porte precisam pagar R$ 5 e o valor arrecadado é doado à ONG Viva Bicho. Em mais de um ano de parceria, mais de R$ 10 mil foram repassados.

Outros cães-guias também visitaram o ponto turístico. O casal Isabela Silva e Everton Palaoro estão treinando o Jamp, de 1 ano e 5 meses, e a Kika, de 8 meses, e observaram essa oportunidade como uma forma de socialização dos cães com o mundo exterior.

“O cão em socialização está conhecendo o mundo, sendo exposto a barulhos, pessoas, outros animais, movimentos. É muito importante que nessa fase ele tenha diferentes experiências, pois ele será os olhos de uma pessoa cega e deverá guiar com autonomia”, relatou Isabela.

Antes dos cães serem inseridos na rotina de uma pessoa cega ou com deficiência visual grave, eles passam por um treinamento com famílias socializadoras. Os animais ficam entre 3 e 15 meses recebendo orientações, são apresentados ao mundo e ensinados como devem guiar da melhor forma possível seus tutores.