A mulher foi condenada a quase 10 anos de prisão por ter ateado fogo duas vezes na igreja e ainda perseguir e ameaçar o pároco local após ter uma paixão não correspondida por ele.

No domingo, a informação inicial era que a paróquia e o padre envolvidos no caso de agressão eram da Matriz de Navegantes, mas a afirmação foi desmentida. Tanto a igreja como o sacerdote vítimas da mulher são de Luiz Alves.

A incendiária foi presa preventivamente em maio de 2022, mas o julgamento só ocorreu na sexta-feira passada, com a condenação aos 10 anos de prisão pela juíza Marta Regina Jahnel.

Segundo o TJ, o primeiro ataque à igreja foi na primeira semana de maio de 2021, quando a mulher ateou fogo no depósito de gás do salão paroquial da igreja de Luiz Alves. As chamas foram controladas.

Seis dias depois, durante uma missa, ela teria voltado à igreja e iniciado um segundo incêndio, desta vez em uma cruz, o que resultou na sua prisão preventiva.

A perseguição ao padre começou em 2018. A mulher envia cartas, presentes e também abordava pessoalmente o padre de Luiz Alves. Diante das negativas, segundo o processo, ela começou a frequentar mais as missas e, em seguida, a fazer ameaças pelas redes sociais contra o padre e seus familiares.

Testemunhas relatam que foi um caso de paixão da fiel pelo líder religioso não correspondida. A defesa da ré sustentava que ela estaria em surto psicótico na época e não poderia responder pelos seus atos – mas o argumento não convenceu a juíza. Ainda segundo o processo, havia provas e, especialmente, depoimentos prestados em juízo sobre toda a perseguição e violência da mulher ao religioso. O processo corre em segredo de justiça.