Rio Itajaí-Açu
Procissão em homenagem a Nossa Senhora foi pouco movimentada
Poucos barcos participaram no rio, mas comunidade foi às margens do Itajaí-açu acompanhar a santinha
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]












Menos de 10 embarcações acompanharam à procissão fluvial que levava a bordo a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes navegando pelo rio Itajaí-açu na tarde de domingo.
A procissão é uma homenagem a Nossa Senhora, padroeira de Navegantes. Desde o dia 27 de janeiro, acontece na cidade a 127ª edição da festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que tem como ponto alto a procissão dos barcos.
A imagem de Nossa Senhora foi levada em uma das embarcações do ferry boat. Apenas 10 das 50 embarcações esperadas acompanharam a procissão. Já em terra firme, famílias inteiras foram às margens do rio, tanto no lado de Itajaí como no de Navegantes, para ver a imagem da santinha. Uma queima de fogos marcou o fim da homenagem à padroeira em Navegantes.
O corretor de imóveis André Willian Alexandrina foi para a margem do rio acompanhar a procissão com a namorada Bruna Silva Garcia. “Eu sou nascido e criado em Itajaí e já estive aqui outros anos. Sabia da procissão, mas por coincidência nós passamos na hora este ano e paramos para prestigiar”, comenta André.
André, que já acompanhou a procissão em outros anos, achou o movimento de barcos fraco. “Bacana por fazerem a procissão, mas foi bem fraco em comparação aos anos anteriores. Poderia ter mais barcos e mais pessoas prestigiando a Nossa Senhora dos Navegantes”, analisa.
André foi batizado na igreja católica, mas há alguns anos é adepto da umbanda e lembra que no sincretismo religioso Nossa Senhora é Iemanjá, a rainha do mar. “Importante é ter fé. Acreditar e ter fé que as coisas acontecem”, garante André.
Para o pároco Eduardo Bastos, responsável pelo Santuário da Nossa Senhora dos Navegantes, a ligação estreita do morador de Navegantes com a santa é percebida através dos fiéis que evocam diariamente a proteção da padroeira. “A festa de Nossa Senhora dos Navegantes leva a cada um de seus devotos e romeiros o encontro com seu filho Jesus e mostra também a nossa cultura, o turismo religioso e a devoção do povo navegantino”, explica o pároco.
A procissão é o encerramento dos 10 dias de festa que são dedicados à padroeira de Navegantes. Desde agosto do ano passado a festa é reconhecida como Patrimônio Imaterial de Santa Catarina.
O DIARINHO tentou ouvir o Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) para saber por que os barcos do grande porto pesqueiro de Itajaí e Navegantes não participaram da procissão, como já ocorreu em anos anteriores, mas até o fechamento desta edição não teve retorno do Sindipi.