As condições de balneabilidade melhoraram na região, conforme o relatório do Instituto de Meio Ambiente (IMA) divulgado nesta sexta-feira. Houve mudança de pontos impróprios para próprios em Bombinhas (3), Itapema (4), Porto Belo (3) e Navegantes (1). É a primeira vez na temporada que Porto Belo e Itapema apresentam resultados positivos na análise semanal. 

Em Balneário Camboriú, contudo,  os 10 pontos da praia Central seguem impróprios, situação que vem desde o início da temporada. De acordo com o relatório, houve melhoras nos pontos 4, 10 e 11, na Barra Sul, que apresentaram valores de coliformes abaixo de 800 NMP/100 ml. Mesmo assim, a classificação manteve os locais como impróprios.

Entre 61 pontos monitorados na região, 33 estão impróprios, representando 54% do total. Os resultados desta semana, com base nas coletas feitas entre segunda e terça-feira, foram os últimos antes da ampliação das análises semanais. A partir da semana que vem serão feitas duas análises por semana em praias de oitos cidades da região e de Florianópolis.

Em Itapema, as praias que tavam com todos os nove trechos monitorados impróprios tiveram melhora em quatros deles, sendo três no canto norte da praia e um perto da foz do rio Perequê, considerados próprios. Em Porto Belo, três pontos da região do centro tiveram balneabilidade positiva. Em Bombinhas, a cidade aumentou para quatro pontos próprios entre nove monitorados.

A situação segue a mesma em Itajaí, com dois pontos impróprios na Praia Brava, e em Penha, com cinco prontos poluídos. Em Navegantes, o ponto 3, em frente à rua Julia do Nascimento, na praia do Gravatá, teve amostra com qualidade própria. Os pontos que melhoraram precisam manter a condição própria em 80% das amostras das últimas cinco análises para que haja a mudança nas placas de balneabilidade nas praias.

Modelo de duas coletas inicia semana que vem

A partir da próxima semana, a balneabilidade será definida com duas amostras semanais nas praias mais movimentadas, incluindo Balneário Camboriú, Piçarras, Bombinhas, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo. O IMA ressaltou que não haverá mudança na metodologia, que segue uma normativa federal, apenas alteração na frequência da amostragem.

“O aumento de frequência traz uma resposta mais precisa e rápida das condições da praia à população. No caso de contaminações pontuais que venham a ocorrer em duas semanas consecutivas, somente após o quarto resultado positivo consecutivo a praia retornará à condição de própria”, explica. Hoje, a mudança de classificação ocorre após 28 dias de resultados positivos.

O IMA destaca que as coletas continuarão mesmo após chuvas, considerando não haver embasamento técnico ou legal para esse tipo de mudança. “A Resolução Conama 274/2000 é taxativa quanto à especificação da frequência do monitoramento adotado. O mesmo procedimento é feito por todos os órgãos ambientais estaduais do Brasil que também monitoram a qualidade da água”, informa.

A ampliação das amostras semanais não é definitiva. De acordo com o órgão ambiental, os resultados da medida serão avaliados após o final da temporada de verão. Para a próxima temporada, as coletas podem ser repetidas ou até ampliadas novamente. O aumento da frequência das coletas é permitido pela resolução federal, prevendo intervalo mínimo de 24 horas entre as amostras.

Placas na praia de BC informam balneabilidade que é fake 

Leitor do DIARINHO relatou que duas placas de balneabilidade na praia Central de Balneário Camboriú não estão batendo com as informações do relatório publicado no site do IMA.

Uma das fotos mostra a placa do ponto 2, em frente à rua 1001, como “própria”, embora as análises do IMA mostrem o trecho impróprio há dois meses. A mesma situação foi registrada no ponto 14, em frente à rua 51, no trecho da praça Almirante Tamandaré.

O IMA esclareceu que a placas que indicam se um ponto está próprio ou impróprio para banho são trocadas regularmente pelo Corpo de Bombeiros Militar, por meio de uma parceria com o órgão.

“Algumas vezes, a identificação de balneabilidade é pichada, o adesivo arrancado, a placa retirada do local ou até trocada de forma irregular. Assim que toma conhecimento, o IMA vai ao local para consertar a indicação”, explica.

Para o caso em BC, o instituto prometeu mandar equipes até o local para verificar a denúncia. Como as placas podem ser danificadas, vandalizadas, queimadas, tiradas ou até trocadas de forma irregular, o IMA orienta consultar a balneabilidade pelo site ou pelo aplicativo Praia Segura, que mostra a situação atualizada de cada ponto.