Esquema milionário

Casal de corretores que lavava o dinheiro pro tráfico de drogas é preso

Quatro pessoas da mesma família comandavam a quadrilha e também foram presas

Lanchas de 34 e 38 pés faziam parte das compras em Balneário Camboriú
(foto: divulgação)
Lanchas de 34 e 38 pés faziam parte das compras em Balneário Camboriú (foto: divulgação)
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Um casal de corretores de imóveis e quatro pessoas que comandavam  o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro foram presas na região em operação da Polícia Federal, que aconteceu nesta quinta-feira, de forma simultânea, em quatro estados brasileiros. A quadrilha tinha mais de meio milhão de reais em dinheiro vivo e um patrimônio de cerca de R$ 25 milhões em bens móveis e imóveis.

Os corretores foram presos em Camboriú e os outros quatro suspeitos, que fazem parte da mesma família, em Balneário Camboriú. Os líderes do esquema eram dois irmãos - um foi preso em BC e o outro ainda está foragido. O bando também é investigado por erguer um prédio em Camboriú com a grana do tráfico. Segundo a PF, eles ainda se fizeram de necessitados para receber o auxílio emergencial do governo federal.

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Além das prisões em Camboriú e BC, outras cinco pessoas foram presas em Mangaratiba e Angra dos Reis (RJ), e Foz do Iguaçu (PR). Um dos líderes e o casal de corretores foram presos em BC, mais a irmã do chefão do bando e o marido dela. O marido foi preso em flagrante, já que com ele foram apreendidos R$ 300 mil em dinheiro.

A investigação teve início em maio de 2020 em uma comunidade do Rio de Janeiro.  A partir da constatação do crime de tráfico, a equipe do delegado Bruno Humelino identificou que dois irmãos eram responsáveis pelo tráfico de armas e de cocaína e skunk, no Rio de Janeiro, mas tinham escolhido Balneário Camboriú para morar e lavar a grana suja do negócio.

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Cerca de 10 pessoas da mesma família moravam em BC e também investiam em imóveis de luxo para “lavar” a grana do tráfico no Rio de Janeiro. As compras de imóveis eram intermediadas pelo casal de corretores de imóveis de Camboriú. “O trabalho deles era a atividade ilícita. Eles iam ao Rio de Janeiro, faziam as negociações e voltavam para cá. Tinham uma vida de alto padrão. Os dois irmãos moravam em imóveis de luxo aqui. Temos fotografias deles em lanchas e motos aquáticas na região. Temos vídeos deles curtindo a noite. Normalmente, eles estavam sempre com uma vida de quem gasta muito. Os veículos de luxo já apreendemos diversos”, explicou o delegado.

 

Família recebeu auxílio emergencial

A investigação mostrou que a meta do grupo era trazer toda a família para viver no litoral catarinense.  A investigação também mostrou que a maior parte da família recebeu auxílio emergencial do governo federal durante o período de pandemia quando se fizeram de necessitados. “A família tinha uma movimentação financeira injustificável com esse pedido de auxílio emergencial. O núcleo dos irmãos, a mãe, uma ex-esposa que tem um imóvel milionário recebia auxílio”, explica.

Em BC, a família não trabalhava, não tinha comércio ou qualquer atividade que justificasse a vida de luxo.  Segundo o delegado, os irmãos negociavam drogas e armas no Rio de Janeiro. A  partir do momento que começou a entrar muita grana no negócio,  eles passaram a comprar imóveis no litoral catarinense.

O casal de corretores, além de auxiliar na compra de imóveis, arranjava laranjas para as compras. “Pessoas vinculadas à organização criminosa no Rio faziam depósitos em agências em comunidades cariocas. Após essas transações, havia o registro de imóveis em nome de terceiros. Cabeleireira, padeiro, taxista com imóveis de alto padrão, que movimentavam, por exemplo, R$ 4 mil ao ano, mas adquiriram um imóvel em BC de R$ 1 milhão”, conta.

 

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O comércio deles era a negociação de drogas e armas. Não identificamos nenhuma empresa. A vida de gastar o dinheiro oriundo do tráfico” - Bruno Humelino -  Delegado da PF

 

Prédio erguido com a grana do tráfico

 Imóveis de luxo em BC estavam em nome de laranjas

Imóveis de luxo em BC estavam em nome de laranjas

 

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Os irmãos e o casal de corretores estavam construindo um prédio em Camboriú de 12 andares para entrar no ramo da construção civil. “Esse casal geria esses imóveis em nome de terceiros e existe uma construtora que foi criada  para a venda dos apartamentos”, explicou o delegado.

O prédio em construção não teve o endereço informado e  deve ser sequestrado judicialmente em breve.

Cem policiais federais  comandaram a operação em quatro estados - Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro - para cumprir 18 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão. Segundo a PF, a organização criminosa tem pelo menos 30 acusados e movimentou mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos.

A megaoperação foi autorizada pela 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro e tem apoio do Gaeco do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro. Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.

Patrimônio milionário

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Foram 13 imóveis, quatro embarcações, duas lanchas, uma de 34 pés e outra 38, e 19 carros de luxo apreendidos pela PF.

Entre os carros  há uma  BMW 320,  BMW X4 e Z4, Ford Ranger blindada, Toyota Corolla, Jeep Compass, Volvo XC 40, Hilux SW4. Os bandidos ainda dispunham de três pistolas 380 e R$ 500 mil em dinheiro. A soma do valor  das apreensões passa dos R$ 25 milhões.

 

Organização da quadrilha

Primeiro grupo: liderados por dois irmãos, responsáveis pelo transporte de drogas e armas nas comunidades do Rio de Janeiro. Eles usavam o lucro do tráfico para comprar imóveis em Balneário Camboriú em nome de terceiros, com auxílio de um casal de corretores catarinenses. Segundo a PF, entre os denunciados estão a mãe, as esposas e as irmãs dos líderes da organização criminos.

 

Segundo grupo: responsável pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG) comprava automóveis de luxo e imóveis em condomínios de alto padrão. A PF já havia identificado imóveis deste núcleo em três cidades do Rio de Janeiro - todos já sequestrados.

 

Terceiro grupo: também com atuação no tráfico de drogas, usava empresas de fachada para ocultar a origem do dinheiro arrecadado em São Paulo e no Rio de Janeiro.




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