ITAJAÍ

Praia Brava passa a temporada com ruas esburacadas e calçadas intransitáveis

Reparos são esperados desde o fim de 2022 por comerciantes e moradores

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Buracos em ruas e calçadas viraram comuns na Praia Brava
(foto: Joãoi Batista)
Buracos em ruas e calçadas viraram comuns na Praia Brava (foto: Joãoi Batista)
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Em plena temporada de verão, a Praia Brava, o bairro mais valorizado e turístico de Itajaí, segue com problemas de falta de manutenção em ruas, calçadas, deques e passarelas. Moradores relatam que alguns reparos são esperados desde novembro, mas até agora nada foi feito.

Entre as queixas estão as condições da calçada da avenida José Medeiros Vieira, a Beira-mar. O passeio tem trechos alagados perto dos chuveiros e pontos com buracos e crateras que se abriam no pavimento. Na entrada principal da praia pela avenida Carlos Drummond de Andrade, uma parte da calçada está isolada com fitas, em meio às poças.

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No mesmo trecho, a passarela de acesso às praias está denotada. A estrutura chegou a ser interditada mas, com a demora na manutenção, comerciantes fizeram reparos de improviso e a travessia é usada, mesmo com riscos de segurança.

Ao lado da passarela, se formou um lago de água da chuva vinda ainda das enxurradas de dezembro. Sem escoamento, a água fica parada e já começa a ser criadouro de micro-organismos que deixam o local com aspecto escuro. “Os turistas pensam que é esgoto, mas não é”, comenta um comerciante.

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Para ele, a água deveria ser drenada e a areia nivelada com máquinas. Para o morador Acir Rocha Kenig, que vive há 37 anos na Brava, a situação no local revela o cenário de descaso total da prefeitura. Ele conta que já soube de gente que pegou micose por entrar em contato com a água parada, incluindo crianças que brincam na área.

Na quinta-feira, enquanto a reportagem do DIARINHO conversava com moradores e comerciantes, banhistas tentaram buscar uma bola que caiu no “lago”. A bola foi parar no lado da calçada, onde um homem desceu até a areia e tirou o material da água podre. Depois, todos foram se lavar no chuveiro da calçada, onde a água escorre pelo passeio e forma poças.

“É um descaso com a gente que paga IPTU e os serviços ficam a desejar. Essa é a praia mais badalada de Itajaí, vizinha de Balneário Camboriú, mas é uma vergonha, um descaso pro turismo, sem ter infraestrutura adequada”, criticou Acir.

Ciclovia alagada

Ao longo da avenida Beira-mar também tem buracos e desníveis na via e nas calçadas. No trecho perto do Brava Beach, a água parada na ciclovia já forma um limo e provocar fedor. Nas cercas que protegem a restinga, há várias partes de madeira faltando.

Em dois trechos, a restinga ficou aberta e as pessoas pisam na vegetação costeira. A passagem foi fechada apenas com fitas de isolamento enquanto a cerca ainda espera pelos reparos. Em outro trecho, a cerca foi amarrada com cordas.

De acordo com o comerciante José Carlos Alves, do quiosque Alê da Brava, a falta de manutenção na praia está pior que em outros anos e pode estar entre os fatores que tem afugentado turistas. Ele conta que a água parada na rua e calçada forma um lodo que prejudica o comércio. “Também não se arrumam as cercas e os deques. Fica como se estivesse tudo abandonado”, reclama. Outro motivo de queixas é a falta de banheiros públicos. Com isso, Carlos comenta que os quiosques ficam sobrecarregados, pois é onde os banhistas buscam os sanitários.

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Secretaria fará reparos e projeto ambiental vai recuperar estruturas da orla

O secretário de Obras, Márcio “Dedé” Gonçalves, informou que será feito um trabalho de manutenção nas calçadas. Quanto aos deques e passarelas, ele disse que a responsabilidade agora está com Instituto Itajaí Sustentável (Inis). Os reparos nas estruturas serão feitos dentro de um projeto de recuperação ambiental.

De acordo com o Inis, há um projeto das dunas costeiras da Praia Brava que tem como principal objetivo recuperar a vegetação nativa costeira em toda a orla, por meio da eliminação e controle da vegetação exótica, recomposição vegetal com espécies nativas e condução da regeneração natural.

No projeto, está prevista a instalação de cercas de proteção da vegetação costeira, entre a faixa de areia e a vegetação, além da manutenção das estruturas físicas já existentes, como as passarelas suspensas de acesso à praia e as cercas já instaladas. O projeto visa cumprir determinação do Ministério Público Federal em acordo feito em ação civil pública e homologado em fevereiro de 2022.

“O PRAD [Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas] será executado pelo Sinduscon [Sindicato da Construção Civil], cabendo ao Instituto Itajaí Sustentável a fiscalização do mesmo”, informou o órgão. O projeto ainda não foi iniciado mas, conforme o Inis, a previsão é que as primeiras ações ocorram ainda no primeiro semestre deste ano.

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Ciclovia alagam a cada chuva

Ciclovia alagam a cada chuva

 




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