ATAQUES EM BRASÍLIA
Vereadora de SC está entre presos por atos de terrorismo
Odete Oliveira (PL) disputou vaga à Alesc, mas perdeu mesmo com apoio e doações de Jorginho Mello
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Vereadora do município de Bom Jesus, no oeste de Santa Catarina, Odete Correia de Oliveira Paliano, conhecida como Odete Enfermeira (PL), está entre os golpistas presos pela invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, no último domingo. O nome da parlamentar aparece na lista da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF).
A mulher foi levada com outras presas pelos ataques para a penitenciária feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Odete é a única mulher vereadora da cidade, eleita em 2020. Nas últimas eleições, ela concorreu a uma vaga de deputada estadual, mas foi derrotada nas urnas. Durante a campanha, Odete fez campanha posando ao lado do então candidato a governador Jorginho Mello (PL).
O agora governador fez doação de quase R$ 14 mil para a campanha da candidata, que terminou a disputa com 564 votos e ficou na suplência da Assembleia Legislativa. A vice-governadora Marilisa Boehm (PL) também pediu votos pra Odete em vídeos nas redes sociais nas eleições. A vereadora ainda recebeu doações da ex-vice-governadora e hoje deputada federal Daniela Reinehr (PL), de R$ 35 mil, e do ex-deputado Valdir Colatto (MDB), de R$ 10 mil.
Odete é conhecida nas redes por ser fervorosa defensora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com postagens com elogios e discursos de apoio às ações do antigo presidente. O partido da vereadora condenou os ataques violentos em Brasília no início da semana. O líder da sigla na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), disse em entrevista que todos os filiados que participaram dos atos seriam expulsos do partido.
Catarinense que defecou no STF já foi condenada por tráfico de drogas
A bolsonarista Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, que viralizou nas redes sociais em um vídeo comemorando os ataques às sedes dos poderes da República, “coleciona” uma lista de passagens pela polícia.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a moradora de Tubarão já foi condenada em 2014 por tráfico de drogas e o processo está em segredo de Justiça.
O nome dela não consta na lista de presos, que foi divulgada pela polícia do Distrito Federal, mas, além do crime de tráfico, “Dona Fátima” também responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público.