Acampamento em frente à Marinha é desmontado em Itajaí
Barracas e materiais foram retirados na segunda-feira depois de determinação no STF
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Polícia teria orientado manifestantes a deixarem local após decisão do STF
(Foto: João Batista)
Polícia teria orientado manifestantes a deixarem local após decisão do STF (Foto: João Batista)
O acampamento de bolsonaristas na frente da Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí foi desmontado na segunda-feira após mais de dois meses. Durante à tarde, a rua atrás o Mercado Público foi totalmente liberada e não havia mais nenhuma barraca nas calçadas. Conforme funcionários do Mercado do Peixe, os manifestantes que ainda permaneciam no local em duas barracas foram orientados pela Polícia Militar e agentes da Marinha a desocupar a área logo no início do dia.
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A medida levou em conta decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou “desocupação e dissolução total” de acampamentos bolsonaristas na frente ...
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A medida levou em conta decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou “desocupação e dissolução total” de acampamentos bolsonaristas na frente de quartéis e áreas militares pelo país. Pela determinação, a retirada dos acampamentos deveria ser feita em até 24 horas. Na mesma decisão, o ministro ordenou o desbloqueio de vias públicas e o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
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Em Itajaí, onde os bolsonaristas mantinham acampamento desde o resultado das eleições, a Polícia Militar havia informado pela manhã que não haveria nenhuma medida de remoção sem ordem do comando geral. Segundo o comunicado, o batalhão não tinha nenhuma orientação quanto ao ponto fixo de manifestação na frente da Marinha. Na manhã desta segunda-feira, a atenção da PM ainda estava voltada às rodovias, prestando o apoio à PRF para evitar novos bloqueios na BR 101.
O governo estadual informou sobre ações em favor da ordem em Santa Catarina. O governador Jorginho Mello esteve reunido com o comandante-geral da Polícia Militar (PMSC), coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, e determinou a preservação da ordem pública, em respeito às leis constitucionais e às medidas de nível federal.
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Segundo a nota, operacionalmente a Polícia Militar monitora todos os pontos onde existe a possibilidade de alguma ação dos manifestantes. Conforme o subcomandante-geral da PMSC, coronel Alessandro José Machado, as operações são coordenadas da Sala de Situação do Comando-Geral da PMSC, sediado em Florianópolis. O cenário era de tranquilidade em todos os pontos no estado.
“Os comandantes regionais estão orientados para tomarem as medidas legais e cabíveis. Existe uma negociação com os manifestantes para retirada de barracas e materiais que possam ter em volta dos locais ocupados”, informou o governo. Conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, as operações para o fim dos acampamentos são feitas polícias militares, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal, se necessário. As autoridades municipais também deveriam dar apoio pra retirada dos materiais e os governadores seriam intimados pra efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal.
A decisão diz que os movimentos perto de quartéis e outras unidades militares servem para a prática de atos antidemocráticos e determina a prisão em flagrantes dos participantes.
Jorginho participa de reunião com Lula
Jorginho voltou atrás e decidiu ir à reunião
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O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), foi à reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e todos os governadores do Brasil. O encontro presencial aconteceu às 18h de segunda. O convite oficial chegou ao governador somente ao meio-dia, segundo a assessoria.
O presidente Lula discutiu com os governadores estratégias conjuntas de segurança para evitar que novos atos antidemocráticos e de vandalismo aconteçam pelo Brasil. Primeiro, a assessoria de Jorginho informou que ele não participaria porque o tema da reunião já estaria alinhado com seu posicionamento e e isto bastava. “Manifestações são legítimas quando são pacíficas”, afirmou na nota.
Foi chamado de cúmplice de terrorista
O candidato derrotado ao governo do Estado, Décio Lima (PT), disse que a postura de Jorginho o tornava “cúmplice de terroristas”.
Horas depois, Jorginho reviu deu nova declaração: “é meu dever representar o estado de Santa Catarina e defender o interesse dos catarinenses”.
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Governo federal pede que povo denuncie marginais que atacaram Brasília
Objetivo é identificar e punir envolvidos
O governo federal lançou uma campanha para identificar os criminosos envolvidos no ato de terrorismo em Brasília. O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou um e-mail para receber denúncia e informações sobre integrantes do ataque e furtos à sede dos três poderes.
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As denúncias podem ser feitas para o e-mail do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF: gabmoraes@stf.jus.br. Há ainda a opção de enviar as informações pelo portal Fala.Br uma plataforma da Controladoria-Geral da União (CGU) que permite aos cidadãos enviarem manifestações à ouvidoria e também fazerem pedidos de informações públicas.
No Twitter, a pasta escreveu que “qualquer informação ou pista é bem-vinda”. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo.
Os vândalos fizeram diversas filmagens de si mesmos, fotos e até lives nas redes sociais. Tudo isso pode ser enviado ao Ministério da Justiça, inclusive vídeos dos veículos de comunicação que cobriram o ocorrido.
O objetivo destas identificações é punir os responsáveis pelos crimes cometidos.
Grupo protesta em frente a Havan
Cerca de 30 pessoas vestindo verde e amarelo se aglomeram na praça pública entre o supermercado Bistek e a loja da Havan, no bairro Fazenda, no final da tarde de segunda-feira. Os manifestantes também estavam enrolados em bandeiras do Brasil.
Paulo Souza, do Canal Hipócritas, de Itajaí, divulgou o protesto em suas redes sociais. “Nós não vamos parar. Eu quero convocar você que é da cidade de Itajaí e região", disse Paulo, avisando que os manifestantes saíram em carreatas pelas ruas de Itajaí. Uma em direção à Marinha do Brasil e outra ao posto Santa Rosa.
O Canal Hipócritas é investigado pelo Supremo Tribunal Federal por crimes contra a democracia. Um dos donos do canal é considerado foragido da justiça.
A PM de Itajaí soube da manifestação à noite. Segundo a PM, a lei permite manifestações pacíficas.
Greve de caminhoneiros fica só na ameaça
Após os bloqueios de estradas e os ataques terroristas em Brasília, grupos bolsonaristas anunciavam pelas redes sociais e grupos de WhatsApp uma paralisação geral para segunda-feira. O DIARINHO conversou com alguns caminhoneiros autônomos e, segundo eles, nada foi divulgado nos grupos locais. Eles desconheciam a organização de greve.
Na internet, foram convocados caminhoneiros, empresários do agronegócio e “patriotas”. Também circularam informações sobre o fechamento de acesso às distribuidoras de combustíveis.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) chegou a fazer um alerta para o país.
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