A embarcação, batizada de Caetano 1, pertence à família de pescadores do Araçá, de Porto Belo, e está inscrita na delegacia dos Portos de Itajaí.

A informação da tragédia foi confirmada pela Rádio Costeira de Navegantes – que presta apoio aos tripulantes – e pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

Vídeos mostram os pescadores desesperados com o barco já em chamas. Os homens que estavam no convés tentavam em vão apagar as chamas pra salvar os que estavam presos no porão.

Segundo  testemunhas, as duas vítimas fatais do incêndio não faziam parte da tripulação do Cateano 1. Eles seriam moradores de Porto Belo e viajaram até o Rio Grande para ajudar no resgate do barco encalhado. O medo era que o barco acabasse multado se houvesse vazamento de óleo no mar.

O pesqueiro pertence ao senhor Henrique, o popular Janga, do bairro Araçá, de Porto Belo, que chorou, ajoelhado na areia da praia, diante da tragédia. Janga era dono da embarcação e também mestre do pesqueiro.

Nesta segunda-feira, a Capitania dos Portos de Rio Grande informou que só irá se manifestar  sobre o caso quando que os detalhes do incêndio forem apurados.

Barco da região

A embarcação fazia pesca de emalhe na costa do estado vizinho quando encalhou no sábado pela manhã.

A família de Janga já tinha anunciado uma vaquinha virtual para juntar dinheiro para resgatar a embarcação da praia. “Nosso amigo e pescador Janga e família precisam da nossa ajuda. Eles estão passando por um momento muito difícil, onde o barco, que é fonte do sustento da família e dos tripulantes, está encalhado no Rio Grande do Sul. A Marinha tem pressa para que o barco seja retirado do local para evitar danos ao meio ambiente. Porém a retirada exige um alto valor e não temos como arcar”, dizia o pedido de ajuda.

A meta inicial da vaquinha era arrecadar R$ 150 mil. Até a tarde desta segunda-feira, tinha juntado R$ 5786. Para ajudar a família do pescador, acesse a vaquinha e contribua com qualquer valor.