Sem representatividade
Associações de caminhoneiros repudiam fechamentos de rodovias
Diretor de entidade nacional disse que categoria precisa “respeitar o que o povo decidiu nas urnas”
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o caminhoneiro autônomo Carlos Alberto Litti Dahmer, repudiou os bloqueios de rodovias federais em vários estados do Brasil e classificou os protestos como sendo “antidemocráticos”. A manifestação, gravada em vídeo, é uma resposta aos protestos de alguns caminhoneiros apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que não aceitaram a derrota do presidente nas urnas e pedem uma intervenção militar.
Assim como a CNTTL, a Abrava, associação liderada pelo caminhoneiro Wallace Landim, o Chorão, também repudiou a ação, bem como a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos.
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“A CNTTL defende, acima de tudo, a democracia. Ou seja, respeita o resultado soberano das urnas”, diz a entidade, em nota divulgada à imprensa, e por Carlos Alberto no vídeo. “Vivenciamos uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos de não aceitação do resultado das urnas. Precisamos respeitar o que o povo decidiu nas urnas: a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Esse projeto que está aí foi derrotado ontem [domingo]”, destacou Carlos Alberto.
O diretor da CNTTL ainda reforçou que a pauta dos caminhoneiros autônomos não é política, mas sim econômica. “Os 800 mil caminhoneiros autônomos da base da CNTTL continuarão a luta pela volta da aposentadoria aos 25 anos de trabalho, pela consolidação do piso mínimo de frete [...]”, completou.
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