A Capitania dos Portos de Itajaí autorizou a realização de 50 manobras experimentais de entrada e saída com navios de até 51 metros de largura, 335 metros de comprimento e 11,2 metros de calado na Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí. A primeira manobra experimental deve ocorrer na sexta-feira da semana que vem.
Segundo a portaria do órgão, as manobras acontecerão durante o dia, respeitando a menor profundidade no complexo portuário, de 13,6 metros, com condições náuticas e climáticas favoráveis ...
Segundo a portaria do órgão, as manobras acontecerão durante o dia, respeitando a menor profundidade no complexo portuário, de 13,6 metros, com condições náuticas e climáticas favoráveis para navegação no canal de acesso ao complexo.
A primeira manobra experimental está programada para ocorrer na sexta-feira da semana que vem, com o navio porta-contêineres Rio de Janeiro Express, do armador Hapag-Lloyd, que foi recém-construído e a sua capacidade nominal é de 13.200 TEUs. “Em capacidade, é o maior navio de contêiner a operar na costa leste da América do Sul, e outros navios desse mesmo porte virão em seguida. Embarcações maiores e com mais capacidade são tendências do mercado, pois geram muita economia de escala. Esse tipo de navio é excelente para o mercado brasileiro já que é equipado com mais de 2000 tomadas para contêineres refrigerados”, destaca Renê Duarte, superintendente da Portonave.
Os testes atendem a uma demanda do armador francês CMA CGM, que se reuniu com membros da diretoria da superintendência do Porto de Itajaí, delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí e praticagem no ano passado para apresentar o projeto de fabricação de uma nova linha de navios com medidas entre 335 e 337 metros de comprimento por 51 metros de largura.
A Portonave solicitou à superintendência do Porto de Itajaí a realização das manobras experimentais. Assim como a CMA CGM, outros navios desse porte também poderão programar suas manobras.
Após a realização de cada manobra experimental, relatórios técnicos, com horários de início e término, condições ambientais observadas na manobra, embarcações de apoio envolvidas, entre outros dados, serão encaminhados para a Marinha do Brasil. Os dados das condições de segurança de navegação darão base para a homologação dos novos parâmetros operacionais.
Evolução
O Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes já opera regularmente com navios de 350 metros de comprimento por 48,50 metros de largura. Com a vinda de embarcações do novo porte, o próximo passo será a busca por condições para manobrar navios com 366 metros de comprimento por 51 metros de largura.
“Nosso Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes é o segundo maior em movimentação de cargas do país, e já tivemos a imensa satisfação de recebermos, em junho de 2020, o maior navio full contêiner a navegar na costa brasileira, o APL Paris. Operações deste porte tendem a crescer, e isso nos anima, pois no futuro teremos concluída a segunda etapa das obras da bacia de evolução e então estaremos aptos a receber navios de até 400 metros de comprimento”, avalia Fábio da Veiga, superintendente do Porto de Itajaí.