A direção da rede de Academia Engenharia do Corpo, que iria abrir uma nova unidade em Itajaí, entrou em contato com o DIARINHO para justificar o cancelamento da inauguração da filial do bairro Cordeiros. Clientes denunciaram que a academia estava se negando devolver o dinheiro pago antecipadamente pelas mensalidades. Em nota, a direção alega que não negou a devolução, e afirma que teve que suspender a abertura por causa de falta de alvará.

Segundo a Engenharia do Corpo, o Procon, órgão de defesa do consumidor, acompanha a situação. “Por mais que o trabalho seja feito da melhor forma possível, ao longo do processo podem surgir entraves que paralisam e inviabilizam aquilo que estava programado. Foi o caso da unidade Engenharia do Corpo Itajaí Cordeiros”, explicou a nota da academia.

Ainda segundo a nota, a academia alugou um espaço comercial no prédio em construção na rua São Paulo. “O fluxo da obra seguia dentro do previsível, no entanto, adversidades e processos burocráticos começaram a dificultar o andamento. Após tentar todas as alternativas viáveis junto ao seu corpo jurídico, a rede concluiu que, lamentavelmente, a saída mais sensata era encerrar o projeto”, informou.

Com a decisão, a Engenharia do Corpo alega que fez contato com todas as pessoas que tinham contratos ativos. “Além de informá-las sobre o encerramento das atividades, foi explicado como se daria os trâmites para o cancelamento do contrato, bem como o ressarcimento dos valores já liquidados”, informou.

A empresa diz que recebeu dos clientes os dados bancários para o reembolso e fez uma programação desses pagamentos, através de um fluxo financeiro, para quitar todos os valores.

Salésio Pedrini, procurador do Procon, disse que o órgão está notificando a academia para prestar esclarecimentos e a solução do caso.

Prédio sem habite-se

Segundo a Secretaria de Urbanismo, o prédio no Cordeiros onde a academia iria abrir a filial possui somente o Habite-se parcial. “O Habite-se parcial é feito no caso de a edificação não estar totalmente executada, mas existir áreas que já possam ser habitadas”, explica a diretora de Controle Urbano, Katiane Lapa da Silva Sora.

A academia, segundo fontes do DIARINHO, estaria instalando o ambiente justamente na área que ainda não pode ser ocupada. Sem o habite-se o prédio não consegue alvará para atender o público.