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Mais de 15,5 milhões são LGBTQIAPN+
Estudo foi encomendado pela Havaianas em parceria com o Datafolha e a ONG All Out
Juana Dobro []

Um estudo encomendado pela Havaianas em parceria com o Datafolha e a ONG All Out mapeou a população LGBTQIAPN+ no Brasil. A pesquisa traz a percepção da comunidade em temas como respeito, relacionamento, liberdade, segurança, mercado de trabalho e representatividade na mídia.
A Pesquisa Havaianas/Datafolha aponta que 9,3% das pessoas se identificam como LGBTQIAPN+ na população adulta brasileira (16 anos ou mais). Os números tendem a aumentar nas regiões metropolitanas (11%), entre os mais jovens (18% na faixa etária de 16 a 24 anos e 13% entre 25 e 34 anos) e entre as pessoas com maior nível de escolaridade (11% curso superior). Além disso, a maioria dos que se identifica como LGBTQIAPN+ é solteira (59%) e sem filhos (70%).
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Os mais jovens (entre 16 e 24 anos) são os que mais se identificam como LGBTQIAPN+, representando 18% da população LGBTQIAPN+ no Brasil;
Uma a cada quatro pessoas não concorda totalmente que pessoas LGBTQI-APN+ devem ter os mesmos direitos; 62% da população LGBTQIAPN+ economicamente ativa não falam com frequência sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho: nesse ambiente o assunto é abordado às vezes, raramente, ou nunca.
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Sete a cada 10 pessoas LGBTQIAPN+ economicamente inativas sentem que não são avaliadas apenas pelas suas qualificações profissionais em entrevistas de emprego. Na população LGBTQIAPN+, 17% sempre sofrem discriminação. Esse número é quase o dobro da população não-LGBTQIAPN+ (9%).
A pesquisa atestou ainda que três em cada cinco pessoas não-LGBTQIAPN+ não se sentem à vontade com demonstrações de afeto entre casais homoafetivos.
Números do estudo
- Os mais jovens (entre 16 e 24 anos) são os que mais se identificam como LGBTQIAPN+, representando 18% da população LGBTQIAPN+ no Brasil;
- Uma a cada quatro pessoas* não concorda totalmente que pessoas LGBTQIAPN+ devem ter os mesmos direitos;
62% da população LGBTQIAPN+ economicamente ativa não falam com frequência sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho: nesse ambiente o assunto é abordado às vezes, raramente, ou nunca;
- Em comparação com o restante da população, a hostilidade ou preconceito dentro da família é 16p.p maior entre pessoas LGBTQIAPN+;
- Sete a cada 10 pessoas LGBTQIAPN+ economicamente inativas sentem que não são avaliadas apenas pelas suas qualificações profissionais em entrevistas de emprego;
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- Na população LGBTQIAPN+, 17% sempre sofrem discriminação. Esse número é quase o dobro, comparado com a população não-LGBTQIAPN+ (9%);
- Apenas 34% das pessoas não-LGBTQIAPN+ concordam totalmente que é comum demonstrações públicas de afeto entre casais homoafetivos.
Sobre a pesquisa
A Pesquisa Havaianas/Datafolha foi realizada entre os meses de maio e junho de 2022, com uma amostra de 3.674 pessoas a partir de 16 anos de todas as classes econômicas. A amostra é representativa da população brasileira (167 milhões), ou seja, mantém as mesmas características do total da população com 16 anos ou mais. A amostra abrange todo o país, distribuída em cerca de 120 municípios das cinco regiões brasileiras, na proporção que cada região representa no total da população (PNAD 2019 -- IBGE).