Penha
Cão atropelado por carro da prefeitura virou conta de R$ 7 mil em veterinário
Moradora levou o animalzinho para uma clínica particular, e agora pede ajuda da comunidade para cobrir os custos
Juana Dobro [editores@diarinho.com.br]
Na última quarta-feira, um cachorro de rua foi atropelado na rua Nilo Anastácio Vieira, em Penha, por um Renault Logan que pertence à prefeitura da cidade.
De acordo com testemunhas, o motorista ainda continuou andando por 50 metros com o cãozinho preso à grade dianteira. Depois eles desceu do carro, soltou o animalzinho da grade e seguiu viagem sem prestar socorro, pois alegou que tinha que levar um paciente até o centro da cidade.
“Ele não prestou socorro, somente tirou o animal das grades do carro e continuou. Os moradores levaram o animal à clínica veterinária e só no final do dia o servidor foi retirar o animal de lá para levar em outra clínica”, relatou uma das pessoas responsáveis pelo resgate. O cachorro é um “cão comunitário”, cuidado e alimentado pelos próprios vzinhos.
Segundo eles, o servidor retirou o cão da clínica particular para levar o animal ao veterinário que presta serviço para a prefeitura. “Só que a clínica desse prestador de serviço não realiza cirurgia ortopédica, não tem aparelho raio-x, funciona apenas para castração e vacina, e o cachorrinho estava com várias fraturas”, disse a responsável pelo resgate que levou o bicho para uma clínica particular.
“Eu tive que assinar um termo na prefeitura onde eles se eximiam de cobrir qualquer custo dali pra frente. Ficou tudo sob minha responsabilidade que prestei socorro. Na clínica particular ele foi operado no mesmo dia. Se não fosse a gente, o cachorro poderia ter morrido”, concluiu.
Ajude a pagar
A moradora procurou o Adote Penha e pediu ajuda para a criação de uma campanha para arrecadar R$ 7 mil, o valor total dos serviços de saúde que o cão recebeu. As doações podem ser feitas pelo Pix: UWUadotepenha@gmail.com
A prefeitura informou que foi aberto processo administrativo para investigar a conduta do funcionário. A prefeitura diz que o veterinário fez os procedimentos iniciais de atendimento, que resultariam no agendamento da cirurgia, porém a cuidadora do animal optou pela retirada e tratamento em uma clínica particular.