DIARINHO lança espaço de economia popular para ajudar você nas compras
Toda semana serão pesquisados preços nos maiores mercados de Itajaí em dias promocionais de hortifrúti, carnes, material de higiene e limpeza e cesta básica
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Veja quem se saiu melhor no comparativo de preço de 50 itens em cinco mercados de Itajaí
(foto: Renata Rosa)
Texto e fotos: Renata Rosa
Todo mundo sabe que a pesquisa é a melhor ferramenta para conseguir um bom produto pelo melhor preço. Mas, diante da correria do dia a dia, quem tem tempo para sair de mercado em mercado para comparar preços e descobrir onde fazer a feira ou garantir o churrasco do fim de semana? Pois é esta a importante missão da nova série de reportagens do DIARINHO, começando por 50 itens hortifrutigranjeiros dos cinco maiores supermercados de Itajaí.
Para ter uma ideia do quanto o consumidor paga para fazer a feira em pontos diferentes da cidade, o DIARINHO coletou preços num mercado do centro (Angeloni), um do São João (Koch), outro ...
Todo mundo sabe que a pesquisa é a melhor ferramenta para conseguir um bom produto pelo melhor preço. Mas, diante da correria do dia a dia, quem tem tempo para sair de mercado em mercado para comparar preços e descobrir onde fazer a feira ou garantir o churrasco do fim de semana? Pois é esta a importante missão da nova série de reportagens do DIARINHO, começando por 50 itens hortifrutigranjeiros dos cinco maiores supermercados de Itajaí.
Para ter uma ideia do quanto o consumidor paga para fazer a feira em pontos diferentes da cidade, o DIARINHO coletou preços num mercado do centro (Angeloni), um do São João (Koch), outro na Fazenda (Giassi), no Cordeiros (Schmit) e no Bistek da Heitor Liberato, que fica no São João, mas também atende a galera da Vila. A fim de não haver distorções por causa dos dias promocionais, a coleta ocorreu entre 6 e 8 de setembro. Para quem frequenta o Angeloni, o melhor dia para fazer a feira é quarta e sábado, já no Koch, é quarta e quinta. Os hortifrútis do Bistek estão mais em conta na segunda e terça, e no Giassi e Schmit, na quinta.
E não estranhe se você estiver sentindo a falta do mercado de sua preferência ou do seu bairro. É que, por causa da multiplicação dos “atacarejos” - supermercados que vendem tanto no atacado quanto no varejo - vão rolar pesquisas exclusivas nestes atacadões, e também análises de ofertas para saber se vale a pena comprar em quantidade para garantir um preço menor.
Entenda a nova seção do DIARINHO
1) Vamos elaborar a lista com as pechinchas da semana
2) Serão produzidas reportagens sobre como adequar as necessidades da família ao apertado orçamento doméstico
3) A ideia é ensinar a tirar melhor proveito das frutas e legumes da estação, ou buscar alternativas se aquele produto estiver custando o olho da cara
4) Vale ficar atento às artimanhas da indústria que, para driblar a inflação, oferece produtos com preço e embalagem semelhantes ao original, mas de baixa qualidade
Aguarde!
Diferença de preço passa de 200% de um bairro para outro
Dentre os 50 itens pesquisados, dois apresentaram diferença de preço de mais de 200%: a couve (279,39%) e a abóbora seca (255,11%). Em ambos, o preço mais barato era encontrado no Schmit e o mais caro no Angeloni (veja na tabela). Outros nove produtos tiveram variação de mais de 100%: rabanete (190,61%), repolho (188,67%), mandioquinha (160,32%), alface comum (158,79%), couve-flor (148,67%), laranja-lima (130,18%), brócolis (118,49%), laranja-pera (108,99%), espinafre (108,54%) e rúcula (100,5%).
O Schmit e o Koch empataram em número de itens mais baratos da pesquisa: 20. No supermercado do Cordeiros, o destaque vai para verduras como rúcula, couve, cebolinha, salsa, espinafre e alface, que estavam com preço único (R$ 1,99), por isso derrubaram a concorrência. E também a bandeja com 30 ovos vermelhos, que passou a ser um item bastante procurado desde que a carne ficou inacessível, e estava em promoção por R$ 12,98. Já no Koch, era mais vantajoso comprar aipim (R$ 2,99), alho (R$ 15,90), laranja-pera (R$ 1,89), goiaba (R$ 6,99), abacate (R$ 5,99) e mandioquinha (R$ 4,99).
O Giassi apresentou sete preços mais competitivos, entre eles vagem (R$ 10,98), beterraba (R$ 3,28) e banana caturra (R$ 3,78). As melhores promoções do Bistek foram no preço do rabanete (R$ 3,09), alho-poró (R$ 2,49) e maçã gala (R$ 5,99). O Angeloni baixou o preço da dúzia de ovos (R$ 7,99), do tomate (R$ 4,49) e do melão (R$ 6,89).
Preços ainda refletem o período de seca do ano passado
Quando a gente vai ao supermercado e compra sempre os mesmos hortifrútis, percebe que em certas épocas do ano o preço está mais camarada. Alguns fatores contribuem para isso: ser um produto da estação, produzido na região e quando não há alterações climáticas que interferem na quantidade de água e sol, essenciais para o desenvolvimento da planta.
Mas 2022 está sendo um ano atípico, e não apenas por causa da pandemia ou da atual guerra na Europa, mas por causa do prolongado período de seca do ano passado, que prejudicou o desenvolvimento de frutas plantadas no segundo semestre. “A maçã é mais barata no início do ano porque é colhida até junho. Depois, é mantida em câmara fria por até seis meses para estar disponível o ano todo, por isso ela está mais cara agora”, explica o economista Rogério Goulart, do Centro de Pesquisa Socioeconômico da Epagri. Ele conta que, apesar de Santa Catarina ser a líder na produção de maçã no país, o preço praticado por aqui acaba sendo o mesmo do Sudeste, para onde é vendida a maior parte da produção.
No caso do alho e da cebola, os preços só começam a baixar a partir de outubro, quando começa a colheita. Mas, ao contrário da maçã, é impossível fazer estoque porque são itens muito sensíveis à umidade. “Para oferecer esses produtos fora da estação, a saída é importar, e o preço vai depender se o câmbio do real em relação ao dólar estará favorável. Muito do alho que se vê hoje nos mercados vem da China”, acrescenta.
O engenheiro agrônomo Antonio Santos conta que os produtos cultivados na região de Itajaí (hortaliças e aipim) não são vendidos para as grandes redes de supermercados, e sim em feiras, mercearias e para as escolas do município, dentro do programa de alimentação escolar. Portanto, os legumes e frutas que compramos nos supermercados percorreram centenas de quilômetros para chegar à nossa mesa, o que encarece o custo, já que o combustível, principalmente o diesel, usado por caminhões, acumulou alta de 42% no primeiro semestre, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Um dos poucos produtos que é cultivado o ano todo e tem um preço mais estável por estar na região da Amfri, mais precisamente em Luís Alves, é a banana. Não é à toa que, seja branca ou caturra, ela é presença constante na mesa do peixeiro, seja fritinha com farofa no café da tarde, em rodelinhas no feijão ou em forma de pastel, lambuzado de açúcar com canela, a popular bananinha. Até na padaria se vende banana. Mais peixeiro impossível!
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