O aeroporto de Navegantes está nos planos da concessionária CCR Aeroportos para expandir o transporte aéreo de cargas na região Sul, com operações integradas com os terminais de Joinville e de Curitiba (PR). A empresa reconhece que o aeroporto de Navegantes está em localização estratégica no Vale do Itajaí e tem potencial para receber três voos semanais diretos com origem nos Estados Unidos e na Europa. A companhia, no entanto, evitou falar sobre a tão sonhada nova pista.

As soluções para ampliar os voos cargueiros em Santa Catarina e no Paraná foram apresentadas pela concessionária durante a maior feira de logística do sul do Brasil, realizada na semana passada, em Joinville. No evento, a empresa destacou as oportunidades de negócios de carga aérea nos aeroportos em que atua, principalmente para Navegantes, Joinville, Curitiba e Foz do Iguaçu (PR).

A CCR já opera com terminal de carga aérea internacional em Navegantes, mas a empresa aponta potencial de expandir as operações e informa que dialoga com o setor para aumentar a malha cargueira. Com a expansão, a concessionária prevê contribuir com a economia regional. Com novos cargueiros em Navegantes, o terminal poderá receber cargas que hoje chegam ao país por outros estados.

“Estamos trabalhando para proporcionar maior agilidade ao transporte de cargas destinadas ao Paraná e Santa Catarina, onde há potencial para novas rotas de voos internacionais, seja de cargueiros ou no porão das aeronaves de passageiros”, diz Maria Fan, gerente-executiva de carga da CCR.

Ela destaca que há um notável desenvolvimento da infraestrutura aérea em todo o país, principalmente na região Sul, onde Navegantes está inserida. “Com um ritmo forte de aperfeiçoamento tecnológico e disponibilidade de recursos, os aeroportos estão cada vez mais preparados para aumentar a participação no transporte de mercadorias por via aérea, e em combinação com as vias rodoviária e marítima”, afirma.

Entre os principais produtos transportados nos aeroportos tocados pela empresa estão peças da indústria automotiva, maquinários e produtos de tecnologia com alto valor agregado, segmentos onde a demanda atual já supera a do período pré-pandemia. A importação de produtos e matérias-primas está no foco da ampliação de cargas.