Em nota oficial, o Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, anunciou no sábado a chegada da nova diretora-geral da unidade. A irmã Simone Santana assume no lugar da irmã Mercia Lemes, que estava à frente do hospital há sete anos. A nota não informa qual será o destino de Mercia. O hospital destacou que a Mercia deixa um “importante legado” e ressaltou o trabalho durante a pandemia.
“A Irmã Mercia revolucionou ao transformar o Hospital Marieta durante o ápice da Covid-19, quando abriu 80 leitos específicos salvando centenas de vidas. Sua atuação foi um grande destaque junto ao Estado, construindo mais uma marca de sua trajetória que tem sido a de salvar pessoas”, lembra.
Conforme a nota, a irmã Simone “vem para somar ao trabalho desenvolvido até então” pela irmã Mercia. Simone já dirigiu o hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte (MG), e estava a frente ...
“A Irmã Mercia revolucionou ao transformar o Hospital Marieta durante o ápice da Covid-19, quando abriu 80 leitos específicos salvando centenas de vidas. Sua atuação foi um grande destaque junto ao Estado, construindo mais uma marca de sua trajetória que tem sido a de salvar pessoas”, lembra.
Conforme a nota, a irmã Simone “vem para somar ao trabalho desenvolvido até então” pela irmã Mercia. Simone já dirigiu o hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte (MG), e estava a frente do hospital Pio XII, em São José dos Campos (SP), sede do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. A entidade administra cinco hospitais no Brasil.
Saldo vermelho
O motivo da troca não foi divulgado na nota oficial, que informa que a atuação da diretora foi “irreparável e transparente”. Mas a mudança ocorre em meio a um momento crítico do hospital. Em reunião na Câmara em julho, a irmã Mercia informou que o Marieta tem uma dívida de mais de R$ 12,7 milhões.
O valor seria decorrente das mudanças para atendimento na pandemia, com abertura de leitos, novas contratações, ampliação das escalas médicas e adaptações na estrutura física.
Com o fim do custeio dos leitos de UTI Covid, o hospital teve gastos com a rescisão de profissionais, além de um aumento de 10,8% na folha de pagamento e de 33% nos materiais e medicamentos, e redução dos valores pagos pra procedimentos, remédios e materiais pelo SUS.
Pra ajudar a instituição, a Câmara de Itajaí aprovou repasse de R$ 3,5 milhões pro hospital pagar dívidas dos honorários médicos atrasados. Um projeto de lei vai autorizar a liberação do recurso.
Além do rombo nas contas, o hospital enfrenta investigação da polícia pelas mortes de pelo menos sete mulheres gestantes ocorridas este ano no hospital.