NOVO JÚRI
Mais um acusado pelo assassinato do engenheiro da prefeitura é julgado
Paulo Henrique Faustino está sentado no banco dos réus nesta quarta-feira
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

O terceiro acusado de envolvimento no assassinato do engenheiro Sérgio Renato Silva, em fevereiro de 2017, na praia Brava, em Itajaí, está passando pelo júri popular nesta quarta-feira. O julgamento, que acontece no fórum de Itajaí, começou no período da manhã e decidirá o futuro de Paulo Henrique Faustino. Em novembro do ano passado, Celso Machado, o Paulista, e Leandro Ribeiro, o Alemão, já foram condenados pelo crime.
Paulista, que foi denunciado pelo Ministério Público por ter intermediado o crime, foi condenado a três anos, 11 meses e 24 dias de prisão, em regime aberto. Já Alemão, que confessou que atirou e matou Sérgio, cumprirá 14 anos de reclusão, em regime fechado. Ele está preso no cadeião da Canhanduba desde 2020.
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Segundo a denúncia do Ministério Público, Paulo Henrique, a pedido de Celso Machado, o Paulista, contratou Matheus dos Santos Henrique e Paulo Anderson Morais dos Santos para assassinar Sérgio Renato. O valor pago pelo crime seria o de R$ 20 mil. “Paulo Henrique entregou a Matheus uma arma de fogo, e em seguida levou Paulo Anderson a rua Renato Melim Cunha, na Praia Brava, local onde residia a vítima, e mostrou-lhe qual era a casa da vítima”, diz a denúncia do MP.
Já Paulo Anderson e Matheus subcontrataram Guilherme Kurt Habeck, que tinha experiência em condução de motos, e Leandro Ribeiro, o Alemão, que seria exímio atirador, para matar o engenheiro. Como iriam receber R$ 20 mil de Paulo Henrique, os dois ofereceram R$ 2 mil para Guilherme e R$ 5 mil para Alemão.
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No dia 22 de fevereiro de 2017, às 18h30, Guilherme e Leandro executaram Sérgio no quintal da casa dele, na rua Renato Melim Cunha, na Praia Brava. Além de Paulista, Alemão e Paulo Henrique, outras quatro pessoas ainda serão julgadas.
Paulista, que também intermediou o assassinato, foi quem entregou à polícia os mandantes do assassinato de Sérgio. Em delação premiada, ele teria contado à justiça que foi contratado por Vera Lúcia da Luz, a Verinha, e pelo namorado dela, o empresário Milton Marin Gomes, para executar o crime.
Verinha, além de ré no processo de assassinato, também foi acusada pelo Ministério Público de participação em fraudes de vários projetos de construção civil aprovados em Balneário, inclusive com a falsificação de assinaturas de Sérgio, que foi diretor de projetos da Secretaria de Planejamento de Balneário Camboriú por 16 anos.
A denúncia do MP aponta que Verinha teria mandado matar o engenheiro para que ele não desmascarasse as fraudes praticadas em seu nome. O engenheiro descobriu, no final de 2016, que sua assinatura foi falsificada em projetos e vinha apurando o caso, após deixar o cargo público em janeiro de 2017.
Segundo o advogado de Verinha, Guilherme Gottardi, sua cliente, “a quem acusam de ser a mandante do crime, ainda não foi pronunciada [denunciada] para o júri popular”.