Registro fotográfico

Maré Seca exibe antiga coroa da praia do Cascalho

Coroa é uma mescla de corais e de estrutura de rochas que fica escondida no mar

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Atrativo revela parte de um período áureo da caça às baleias no litoral norte/Foto Eduardo Boeing.
Atrativo revela parte de um período áureo da caça às baleias no litoral norte/Foto Eduardo Boeing.
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Turistas e banhistas de Penha tiveram a oportunidade de acompanhar nos últimos dias um fenômeno da natureza que praticamente só ocorre na praia do Cascalho.  O fenômeno, registrado pelo fotógrafo Eduardo Boeing, é conhecido pelos pescadores como a maré baixa ou “maré seca” e permite emergir a “coroa da armação”, facilitando a caminhada sobre o que é encoberto pela água do mar.

A “coroa” é formada sobre os restos de uma antiga estrutura de rochas construída no século 18 por escravos e que servia de atracadouro para o beneficiamento das baleias, na extinta armação baleeira que inclusive deu nome ao local.

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O professor, pesquisador e presidente da Fundação Cultural Municipal “Picucho Santos”, Eduardo Bajara de Souza, relatou que o fenômeno da “maré seca” acontece todos os meses, três dias antes e três dias depois da lua cheia, quando o mar baixa o suficiente para a visualização da coroa. 

Mas quando o fenômeno “casa” com o vento sul e previsão de tempo ruim, o distanciamento da água é mais acentuado, possibilitando a caminhada e belas imagens do local. “A armação baleeira estava a 50, 60 metros da costa”, ensina Baja. “Havia ali um trapiche, destinado à atividade da retirada da gordura da baleia. Esse trapiche foi retratado numa gravura de Debret, inclusive, e também descrito por Auguste de Saint Hillaire, em 1827”, acrescenta. 

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Além do trapiche, duas “estradas” existiam no local, tudo com objetivo de trabalhar a carcaça da baleia. Hoje, a área é um grande coral de crustáceos, ponto de encontro de búzios e de goiás, e caminhar por ele exige muitos cuidados. Segundo Bajara, é difícil encontrar restos da armação ou trapiche, porque, se houver algum osso, ele está enterrado em profundidade. 

“Os ossos das baleias eram levados à praia do Manguinho, do outro lado da cancela; atividade semelhante ocorria na armação baleeira de Búzios, no Rio de Janeiro, onde a retirada da gordura era num local e o descarte das ossadas em outro”, relaciona o professor, que também afirma que não dá para classificar a “coroa da armação” necessariamente como um sítio arqueológico, mas como um importante espaço histórico. 

“Aqui no Manguinho, as ressacas geralmente trazem ossadas à tona; isso acontece em Búzios, na praia dos Ossos. Os caçadores de baleias não deixavam esses ossos no ponto do trapiche, por conta da podridão, do mau cheiro”, esclarece Bajara. 

As fotos de Eduardo Boeing foram publicadas no grupo “Penha SC”, no Facebook, e também estão postadas no portal www.diarinho.net.




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