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“Jeitinho brasileiro” de combater a dengue


Nestes últimos dias acompanhei um interessante debate sobre os incômodos, inconvenientes, obstáculos que uma obra pública ou qualquer tipo de intervenção urbana pode causar no regime cotidiano. Há aqueles que se sentem incomodados e logo pensam como podem se libertar das agruras da vida urbana que danificam o correr dos compromissos. Há os que desejam fiscais para punição dos espertinhos de todas as horas que só querem ter vantagens. Como ninguém confia em ninguém, lugar impossível para se ter cidadania, há os que precisam de mais guardas, orientadores, guias, policiais. Os incômodos na vida cotidiana retratam como vivemos a vida social e política, e quanto o umbigo pode abrir a boca.

As obras são necessárias porque as cidades simplesmente apresentam uma série de problemas que precisam ser resolvidos. Isso se dá pela falta de planejamento adequado ou da má execução de serviços [qualidade profissional ou de materiais, ou ambos], desgaste dos materiais usados; ou se tornam importantes em razão das mudanças de caminhos sofridas durante o “amadurecimento da cidade”, as condições ambientais globais [eventos extremos], sanitárias [saudabilidade de rios, mares, tratamento de esgotos...], das manifestações de crescimento, extremo crescimento demográfico; ou por inovação e precipitações de investimentos em curto espaço e em curto tempo que comprometem o curto prazo de tempo em relação às demandas que surgem do crescimento ou desenvolvimento [coisas diferentes].

O outro lado deste mesmo lugar é que essa discussão demonstra nossa dificuldade de cultivar a cidadania. Por princípio, quanto maior a necessidade de fiscalização e punição, menor a possibilidade da cidadania. Então, quando as pessoas fazem a requisição de guardas ou fiscais para orientação no trânsito, ou quando há um guarda de trânsito para assegurar a jurisprudência da faixa de pedestres, ou tantos fenômenos assemelhados, revelam duas fontes para a análise sociológica e psicanalítica. Uma delas é a desconfiança em relação aos outros. O padrão de comportamento social e político é de que não se pode confiar nos outros, e que cada um vai agir pelos seus interesses mais mesquinhos e interesseiros. Essa forma de pensar e agir implica na forma Cesarista [autocracia, predomínio de um diante de todos os outros] ou Cidadã [cada um deve obediências às regras coletivas para obter proteção da e na sociedade].

Outra face desse mesmo rosto é de pessoas que precisam de fiscais e reguladores por pura incapacidade de agir coletivamente, porque, afugentados na guerra de todos contra todos, ninguém ...

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As obras são necessárias porque as cidades simplesmente apresentam uma série de problemas que precisam ser resolvidos. Isso se dá pela falta de planejamento adequado ou da má execução de serviços [qualidade profissional ou de materiais, ou ambos], desgaste dos materiais usados; ou se tornam importantes em razão das mudanças de caminhos sofridas durante o “amadurecimento da cidade”, as condições ambientais globais [eventos extremos], sanitárias [saudabilidade de rios, mares, tratamento de esgotos...], das manifestações de crescimento, extremo crescimento demográfico; ou por inovação e precipitações de investimentos em curto espaço e em curto tempo que comprometem o curto prazo de tempo em relação às demandas que surgem do crescimento ou desenvolvimento [coisas diferentes].

O outro lado deste mesmo lugar é que essa discussão demonstra nossa dificuldade de cultivar a cidadania. Por princípio, quanto maior a necessidade de fiscalização e punição, menor a possibilidade da cidadania. Então, quando as pessoas fazem a requisição de guardas ou fiscais para orientação no trânsito, ou quando há um guarda de trânsito para assegurar a jurisprudência da faixa de pedestres, ou tantos fenômenos assemelhados, revelam duas fontes para a análise sociológica e psicanalítica. Uma delas é a desconfiança em relação aos outros. O padrão de comportamento social e político é de que não se pode confiar nos outros, e que cada um vai agir pelos seus interesses mais mesquinhos e interesseiros. Essa forma de pensar e agir implica na forma Cesarista [autocracia, predomínio de um diante de todos os outros] ou Cidadã [cada um deve obediências às regras coletivas para obter proteção da e na sociedade].

Outra face desse mesmo rosto é de pessoas que precisam de fiscais e reguladores por pura incapacidade de agir coletivamente, porque, afugentados na guerra de todos contra todos, ninguém pode esperar dos outros qualquer comportamento cidadão. Não confiar nas pessoas é, em parte, dizer-se não confiável, revelar-se socialmente egoísta e tentar se safar individualmente dos problemas [no sentido de se livrar dos estorvos ou dificuldades, “se dar bem” – dar para si o bem]. E “danem-se os outros”! São mostras de baixa presença de cidadania.

Os incômodos gerados por obras urbanas, por exemplo, são fenômenos interessantes do nosso comportamento cultural e político de como nos relacionamos com o mundo que nos circunda e as pessoas com as quais temos que viver como grupo social. As contundentes frases sobre o caráter social [“Jeitinho brasileiro”, “Tirar vantagem em tudo”, “Farinha pouca, meu pirão primeiro”] demonstram a cultura do oportunismo, da trapaça, da malandragem, da competição antiética, da busca do benefício próprio sem considerar o bem comum [furar a fila, “esquecer” as leis de trânsito, jogar lixo no chão, ocupar vagas de estacionamento destinadas a condições especiais...].A cada momento que se requer mais fiscalização ao comportamento público apresentamos as representações de nosso caráter: desconfiar dos outros porque cada um deseja ser o primeiro e ter vantagens individuais. Isso não é só sobre os outros. Promover a cidadania é como combater o mosquito da dengue: ação coletiva no mesmo espaço de tempo, o tempo todo! O mosquito sempre volta, com muitos focos nos centros de poder político!


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