O viúvo de Paulinha Abelha, a vocalista da banda Calcinha Preta que faleceu na última quarta-feira aos 43 anos, confirmou que a cantora fazia uso de medicamentos para emagrecer. Ele ainda disse que a artista não tomava anabolizantes. Clevinho Santos estava casado com a artista há quatro anos.   
 
“Ela tomava medicamento para emagrecer e treinava, mas nunca tomou nenhum tipo de anabolizante. Os medicamentos que ela sempre tomou foram esses, mais diuréticos. Quase toda semana ela estava tomando, quando tinha show que ela queria ‘dar uma secada’, também esses chás de emagrecer”, contou Clevinho, em entrevista ao Fantástico no último domingo.
 
O problema renal que levou Paulinha Abelha à morte ainda é uma incógnita para os médicos. A vocalista do Calcinha Preta morreu em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico, e a equipe médica da cantora segue a busca por um diagnóstico.
 
No início de fevereiro de 2022, a cantora precisou ser internada após sofrer enjoos e tontura. A artista foi para a UTI e, devido a complicações causadas por uma bactéria no cérebro, encontrava-se em coma. O último boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do hospital externou que o quadro da famosa era crítico e que a batalha para mantê-la viva era árdua. Entre as hipóteses investigadas pelos médicos, está a intoxicação por uso de remédios para emagrecer e diuréticos e uma possível doença autoimune, quando o próprio corpo ataca o sistema imunológico.
 
Paulinha morreu no dia 23 de fevereiro, aos 43 anos. Ela estava internada na UTI de um hospital particular em Aracaju, Sergipe. O corpo da cantora foi velado na mesma cidade, um dia após a morte. 
 
Natural de Sergipe, Paulinha iniciou a carreira com 12 anos de idade, cantando em trios elétricos. A trajetória em bandas começou com a Flor de Mel e passou por Panela de Barro e GDO do Forró. Também fez parte das duplas Paulinha & Marlus e Silvânia & Paulinha, bem como do trio Gigantes do Brasil. No entanto, foi nas passagens pelo Calcinha Preta que a artista conquistou maior notoriedade.
 
Na primeira das passagens, que durou 12 anos, gravou 22 álbuns e três DVDs. Depois de idas e vindas, retornou de forma permanente para a banda em 2018.