Suspenso na semana passada, após uma explosão de acessos, o serviço que permite a consulta e o resgate de dinheiro “esquecido” em contas bancárias será retomado no dia 14 de fevereiro. O prazo foi colocado na página do site Minha Vida Financeira, que faz parte do sistema Valores a Receber (SVR), do banco Central.

A plataforma ficou menos de dois dias no ar após a liberação da consulta. O excesso de acessos deixou o site instável e o banco Central resolveu suspender, temporariamente, o serviço até que o funcionamento fosse normalizado.

Na segunda-feira passada, a instituição havia divulgado que cerca de R$ 8 bilhões estariam “esquecidos” em contas bancárias, podendo ser resgatados pelos clientes junto aos bancos. O total é referente a 28 milhões de pessoas físicas e empresas.

A divulgação do serviço fez a procura pelo site disparar. Segundo o banco Central, 79 mil pessoas acessaram o sistema entre segunda e terça-feira passadas. Foram feitas 8,5 solicitações pra devolução de valores, somando cerca de R$ 900 mil que estavam parados em bancos e instituições financeiras.

A nova ferramenta permite consultar eventuais saldos existentes em contas a partir de 2001. Conforme o banco Central, a partir do dia 14, quem fizer a consulta e tiver algum valor a ser resgatado será informado de imediato da data em que poderá pedir a devolução. As transferências serão agendadas a partir do dia 7 de março, na data informada pelo sistema.

A consulta estará disponível pelo site Minha Vida Financeira, no endereço www.bcb.gov.br/acessoinformacao/minhavidafinanceira. Na página, basta clicar em “Consulta ao Relatório Valores a Receber” e informar o número do CPF ou CNPJ.

Se a pessoa tiver dinheiro a receber, será preciso entrar na plataforma Registrato, do banco Central, que reúne informações sobre movimentações financeiras. Pra fazer a solicitação do valor, é necessário ter login e senha ou acessar com o cadastro do portal gov.br.

A transferência do valor para o usuário poderá ser via PIX, para bancos com adesão à modalidade, ou solicitada direto com o banco, onde o dinheiro está “esquecido”.