Graninha surpresa

Saiba como recuperar dinheiro “perdido” em bancos

Novo serviço permite consultar se há saldos disponíveis para resgate

Banco Central trabalha para restabelecer site após explosão de acessos
(Foto: Agência Brasil)
Banco Central trabalha para restabelecer site após explosão de acessos (Foto: Agência Brasil)

O novo sistema do Banco Central que permite consultar se os usuários têm dinheiro “esquecido” nos bancos provocou uma explosão de acessos que tirou o site do ar na tarde desta terça-feira. Segundo a instituição, o chamado Sistema Valores a Receber (SVR) gerou uma demanda de acessos muito acima da esperada, provocando instabilidade da página e nos sites do Banco Central.

O acesso ao serviço foi suspenso temporariamente. “Estamos trabalhando para que o funcionamento dos sites seja normalizado o mais breve possível e também para o retorno do SVR. Manteremos o público informado quanto aos desenvolvimentos e pedimos desculpas pelo transtorno”, informa o banco Central na página do sistema.

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O serviço foi lançado no final de 2021. Na segunda-feira, o Banco Central divulgou a consulta a cerca de R$ 8 bilhões que estariam esquecidos em contas bancárias e podem ser resgatados pelos clientes, provocando o pico de acesso à página. O serviço mostra valores que estão em contas a partir de 2001. Eventuais saldos disponíveis antes deste período precisam ser consultados diretamente com os bancos.

Nos dois primeiros dias de funcionamento, correntistas resgataram R$ 900 mil esquecidos em bancos e instituições financeiras, segundo o banco Central. Segundo o órgão, alguns valores disponíveis para resgate podem ser pequenos, mas o sistema permite que sejam devolvidos de forma rápida pelos próprios sites do serviço.

Os valores “perdidos” nos bancos são de pessoas físicas e também empresas, que desconhecem a existência do saldo e agora podem pedir a devolução. O total de R$ 8 bilhões envolve saldos de contas correntes ou poupanças que foram fechadas ainda com dinheiro no extrato, tarifas ou mensalidades cobradas indevidamente, cotas ou restos a receber de membros de cooperativas de crédito e dinheiro de grupos de consórcios que não foram retirados pelos donos.

O Banco Central pretende devolver cerca da metade dos recursos ainda na primeira fase do serviço. A instituição também pretende disponibilizar para consulta na página valores de taxas de operações de crédito cobradas indevidamente e de contas pré-pagas, pós-pagas e de corretores de valores imobiliários encerradas com saldos em aberto.

Saiba como resgatar

Pra entrar no Registrato é preciso ter cadastro com login e senha. O acesso pode ser pela conta no site do Banco Central ou pela conta que o usuário tiver no portal gov.br, de serviços do governo federal. As opções de acesso vão aparecer na tela. O login pela conta do portal gov.br só é possível para quem integrou a conta de seu banco ao portal ou tem biometria facial registrada no aplicativo Meu Gov.br.

A conta no Registrato deve ser feita na página de cadastro do serviço;  pode ser por aplicativo no celular, pelo internet banking do banco do usuário ou via certificado digital de segurança. O cadastro é necessário pra fazer a devolução de valores ao titular da conta com saldo disponível.

Dentro do Registrato, o usuário terá opção de “Solicitar por aqui” a devolução, que permite ao banco fazer o pagamento via PIX para o cliente, e a opção “Solicitar via instituição”, caso em que é preciso entrar em contato com o banco para resgatar o dinheiro. O pagamento pelo próprio sistema está disponível para saldos em bancos que aderiram ao termo do Banco Central para transferência via PIX.

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A devolução pode ser, de forma excepcional, via TED ou DOC, no mesmo prazo de até 12 dias e na mesma conta em que o usuário registrou a chave PIX no Registrato. Quem não tem PIX pode receber, bastando informar os dados pessoais ao banco, que orientará sobre a forma de pagamento.

12 dias para receber a grana

Pelo serviço do banco Central, o dinheiro, se existente nas contas, é devolvido em 12 dias úteis. A consulta deve ser feita pelo site Minha Vida Financeira, no endereço www.bcb.gov.br/acessoinformacao/minhavidafinanceira. Até a manhã de quarta-feira, o site ainda estava fora do ar, sem previsão de voltar à normalidade.

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Na página, é preciso clicar em “Consulta ao Relatório Valores a Receber”. Não é necessário cadastro, basta colocar o número do CPF ou CNPJ, no caso de empresa, que o sistema informará a disponibilidade ou não saldos em contas. Valores de bancos que já faliram não podem ser consultados.

Se a pessoa não tiver dinheiro a ser devolvido, aparecerá a mensagem “Você não possui valores a receber”. Se houver dinheiro a ser resgatado, o usuário receberá mensagem de “Consulta realizada com sucesso” e será orientado a entrar no site Registrato para saber em que banco o dinheiro está parado e detalhes da devolução.

O Registrato reúne informações sobre movimentações financeiras e faz parte do sistema de Valores a Receber (SVR) do banco Central. A página também está fora do ar temporariamente devido ao pico de acessos pra solicitação de devolução de valores.

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Comentários:

David Souza

26/01/2022 16:14

Eles alegam que "gerou uma demanda de acessos muito acima da esperada", que piada! No meio de uma crise dessas vem a notícia que talvez se possa resgatar um farelo daquilo que os bancos sempre embolsaram, e eles esperavam o que? Poucos acessos? Tá é com cheiro de arrependimento, isso sim. Se não sabem gerir um site com muitos acessos, peçam ajuda pro Zuckerberg. Seus bando de jaguara!

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