Brigaçada
Morador diz que foi agredido por músicos gauchescos
Confusão com a banda Raiz Fandangueira foi na frente da casa noturna Solares
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]










O morador de Balneário Camboriú João Flademir Disner, 35 anos, registrou um boletim de ocorrência contra integrantes da banda Raiz Fandangueira e contra a casa noturna Solares afirmando que foi espancado pelos músicos em frente ao local, na rua São Paulo, na madrugada de segunda-feira. A banda se defende alegando que João atacou o vocalista e um produtor, e que eles reagiram para se defender.
No boletim de ocorrência registrado por João, ele diz que estava saindo do estabelecimento, por volta da 1h30, quando começou a confusão. O morador chutou um cone que estava na rua e foi xingado pelo vocalista da banda. Após o xingamento, o vocalista entrou na casa noturna e João tentou tomar satisfação.
Continua depois da publicidade
“Um dos integrantes da banda, ao sair da casa noturna, foi em sua direção, tirando do bolso um traseiro algum tipo de lâmina, e o atacou. O primeiro golpe foi na cabeça”, narrou João.
O morador caiu no chão e alega ter sido agredido por vários integrantes da banda, com socos e chutes. Segundo o relato da vítima à polícia, nenhum dos seguranças da casa tentou apartar a briga. “Eu pedi ajuda para os responsáveis pela casa noturna para ter os primeiros socorros, e também foi negligenciado”, conta.
Continua depois da publicidade
João chamou a guarda municipal, mas como a banda não estava mais no local, foi orientado a registrar o boletim de ocorrência na delegacia. Ele também esteve no hospital Ruth Cardoso para ser medicado. O homem levou pontos na cabeça.
Além de registrar o BO, João fez exame de corpo de delito e pretende processar o grupo Raiz Fandangueira e a casa noturna por causa da confusão. O DIARINHO tenta ouvir a direção da casa Solares desde segunda-feira, mas não teve retorno depois de sucessivos contatos.
Guitarrista diz que tentou evitar confusão
Leandro Furtado, guitarrista e sócio da banda Raiz Fandangueira, confirma que a confusão começou por conta do cone, mas contesta as informações de João. “O músico estava no portão de saída, ele veio e chutou o cone. O vocalista questionou ´por que fazer isso?! ´ e ele foi pra cima do vocalista para brigar. O segurança pediu para que os músicos entrassem para evitar confusão”, conta Leandro.
O guitarrista alega que João ficou do lado de fora berrando e ameaçando agressões. “Eu e outro sócio da banda saímos para conversar com o cara, mas ele estava irredutível. Ele alegava que o problema era com o vocalista, que não tinha nada para resolver com a gente. Ainda falou que conhece armas, que tem uma pistola 380,”, narrando as ameaças feitas por João.
Leandro diz que o grupo esperou um tempinho para ir embora. “Fomos pegar o ônibus, que estava estacionado na Marginal da BR 101. O vocalista saiu na frente e a gente atrás pra protegê-lo. O cara veio correndo e deu de cara com o produtor. Ele começou a xingar o produtor e os dois caíram no soco”, conta.
Continua depois da publicidade
O guitarrista ainda diz que João foi atrás do vocalista e os dois também brigaram. João estaria armado com uma corrente e acertou as contas do músico. “E não houve faca ou outro objeto cortante como ele [João] está alegando. Os seguranças vieram e jogaram spray de pimenta pedindo para que parassem. O cara ainda foi para o outro lado da rua e disse que iria matar o produtor e o vocalista”, acusa.
Os dois músicos envolvidos na briga vão registrar um boletim de ocorrência na polícia Civil na quinta-feira, quando eles retornam para se apresentar na mesma casa noturna. O grupo também pediu que a casa ceda as imagens das câmeras de monitoramento para mostrar que João provocou toda a confusão.
“Se estivéssemos errados, a casa não iria manter o show de quinta-feira. Estamos com advogados, vamos pedir medidas protetivas e também solicitamos que a casa reforce a segurança. A gente não deve nada, todas as pessoas que conhecem a banda sabem da índole dos nossos músicos e da produção, mas esse cara estava irredutível”, afirmou Leandro, completando que fez “tudo para evitar a confusão”.