ITAJAÍ

Ação popular quer ressarcimento por dragagens no Saco da Fazenda

Porto desmente denúncia de irregularidade em contrato de arrendamento da área da marina

Concessão, porém, passou por reequilíbrio, com dragagem, deixando de ser obrigação do porto  (foto: João Batista)
Concessão, porém, passou por reequilíbrio, com dragagem, deixando de ser obrigação do porto (foto: João Batista)

A superintendência do Porto de Itajaí contestou a denúncia de que teria reconhecido irregularidade no contrato de arrendamento com o complexo Náutico Ambiental, onde foi instalada a marina Itajaí, e pedido ressarcimento dos valores usados na dragagem da baía do Saco da Fazenda. As obras feitas, ainda em 2013, chegaram a ser alvo de notificação e multa da Antaq contra o porto por, suspostamente, beneficiarem o empreendimento particular, em operação desde 2016.

Uma ação de iniciativa popular levada à justiça estadual, no início do ano, pede que seja ressarcido aos cofres públicos o valor de R$ 5,5 milhões gastos nas obras de dragagem. Em valores ...

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Uma ação de iniciativa popular levada à justiça estadual, no início do ano, pede que seja ressarcido aos cofres públicos o valor de R$ 5,5 milhões gastos nas obras de dragagem. Em valores atualizados, o montante já chegaria a R$ 8,6 milhões, conforme a ação. Uma nova denúncia dava conta que a própria superintendência teria pedido o ressarcimento das despesas à marina na ação, junto com o próprio autor.

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Segundo o superintendente do porto, Fábio da Veiga, contudo, não houve pedido de ressarcimento. Ele explicou que o contrato de arrendamento, na verdade, passou por um reequilíbrio econômico-financeiro. “É um processo que passou tanto pela Antaq, como também pela secretaria Nacional de Portos. Houve um reequilíbrio, inclusive, dando mais tempo de contrato, já que essas obrigações de dragagem passaram a ser da empresa arrendatária”, disse.

Fábio ressalta que o processo de reequilíbrio não se tratou de um ressarcimento. Ele lembra que a obrigatoriedade da dragagem, à época das obras, era da autoridade portuária, por contrato. A ação popular já foi contestada judicialmente, tanto pela superintendência do Porto quanto pela marina Itajaí, que defendem a improcedência das alegações do autor.

O superintendente informa que foi reconhecida a incompetência da justiça estadual para tratar do tema de interesse da União, e o caso foi pra justiça federal. Em novembro, no entanto, o juiz da 3ª vara Federal de Itajaí, Tiago do Carmo Martins, decidiu que a competência é da justiça estadual, com a ação sendo retomada pela vara da Fazenda Pública de Itajaí. “Com o reequilíbrio feito e aprovado pelo poder concedente, a ação perde o objeto”, acredita Fábio da Veiga.

Se o processo avançar, antigos dirigentes do porto poderão ser responsabilizados por eventuais irregularidades na autorização dos gastos para a dragagem. Na ocasião da fiscalização do contrato pela agência Nacional de Transportes Aquáviários (Antaq), em abril de 2016, a notificação do órgão exigia a retirada da cláusula do contrato de arrendamento do complexo náutico, que previa o porto como responsável pela dragagem da baía do Saco da Fazenda durante a concessão.

Concessão de 25 anos

A área da marina pertence ao porto e foi arrendada à marina por meio de licitação. O contrato é de 25 anos, prorrogável por igual período. Pela concessão, a empresa paga um percentual à autoridade portuária sobre cada barco que usa as vagas da marina. Os valores foram reajustados no processo de reequilíbrio do contrato, mas a superintendência não informou os repasses atuais.

Além dos valores mensais, o contrato ainda estabelece mais de R$ 38 milhões em investimentos ao longo do contrato, e todas as melhorias feitas na área ficarão para a União ao fim do arrendamento.

Para a marina, o reequilíbrio do contrato não implica o dever de a empresa ressarcir o porto pelos valores gastos na dragagem. Isso porque, conforme explica o diretor da marina, Carlos Gayoso de Oliveira, o serviço era uma obrigação da autoridade portuária, como previsto no edital de licitação e no contrato inicial.

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“Posteriormente, a Antaq solicitou que o Porto transferisse a responsabilidade da dragagem para a marina. Por este motivo, em outubro deste ano, houve revisão contratual e a marina aceitou assumir a dragagem”, disse.



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