Itajaí está no topo da lista da produção em série de embarcações de luxo do país. A cidade conta, hoje, com 29 empresas ligadas à produção náutica, e é sede dos principais estaleiros especializados na construção de iates e lanchas de grande porte. Fator que garante à cidade destaque nacional pelo alto padrão de qualidade de sua mão de obra, uma receita de, aproximadamente, R$ 600 milhões por ano e a geração de 1,1 mil empregos diretos. Itajaí também responde por mais de 50% da produção nacional desse tipo de embarcação.

A explicação para o case de sucesso é que Itajaí possui uma malha logística que propícia a entrega de embarcações por via marítima, além de mão de obra qualificada. Contudo, pode-se afirmar que o principal fator, que contribuiu para o crescimento e fortalecimento do setor no estado catarinense, diz respeito aos incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual por meio de programas tributários específicos. O Pronáutica, por exemplo, permite um regime especial de tributação do Imposto sobre Circulação e Mercadorias e Serviços (ICMS).

“Pouquíssimas cidades, na América do Sul, têm uma mão de obra na construção naval tão qualificada quanto a nossa. Não é à toa que, hoje, nós temos estaleiros para construção de embarcações de alto luxo, como é o caso da Azimut e da Okean & Ferretti, que montaram, aqui, suas unidades”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí, Thiago Morastoni. Ele destaca ainda a instalação da planta fabril do grupo Sedna Yachts, em Itajaí, que fabrica a conceituada marca Cimitarra, e o estaleiro Fibrafort, fabricante da marca Focker.