O município de Penha figura na lista dos lugares mais perigosos do mundo para se tirar fotos, segundo estudo da Fundação IO, especializada em Medicina Tropical e do Viajante. Este fato tem relação com a morte da professora Soliane Luiza, 28 anos, ocorrida em janeiro deste ano, ao cair de uma altura de cinco metros, na Ponta da Vigia, em Penha, ao tentar fazer uma selfie.
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A informação foi publicada em reportagem do portal El Pais, na tarde de terça-feira. No texto, os países com mais registros de mortos por “selfie” são a Índia (100 casos), os Estados Unidos ...
A informação foi publicada em reportagem do portal El Pais, na tarde de terça-feira. No texto, os países com mais registros de mortos por “selfie” são a Índia (100 casos), os Estados Unidos (39) e a Rússia (33). O Brasil ocupa o quinto lugar, com 17 mortes, provocadas durante selfies - quando a pessoa se fotografa com o celular.
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Espanha e Austrália ficam empatadas na sexta colocação, com 15 casos cada.
O estudo ainda cita os 10 lugares mais perigosos pra se tirar uma foto pessoal. Neste item, se encaixa o município de Penha. A cidade é citada como “um lugar perigoso pra selfie”. Os outros nove destinos com riscos são: cataratas do Niágara (na fronteira entre os EUA e Canadá), o Glen Canyon (EUA), o Charco del Burro (Colômbia), a catarata de Mlango (Quênia), os montes Urais (Rússia), o Taj Mahal, o vale de Doodhpathri (ambos na Índia), a ilha Nusa Lembongan (Indonésia) e o arquipélago de Langkawi (Malásia).
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Em janeiro, o DIARINHO noticiou a morte de Soliane. A professora, moradora de Navegantes, passeava na ponta da Vigia com familiares. Eles faziam fotos e ela despencou do penhasco ao tentar fazer uma selfie. A queda foi de cinco metros de altura, no costão da praia Grande. Os guarda-vidas e o helicóptero Arcanjo resgataram a vítima, mas ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu às 18h30 do dia 17 de janeiro.
31 mortes em 2021
Segundo a reportagem, o estudo, feito entre janeiro de 2008 e julho de 2021, mostra que, pelo menos, 379 pessoas morreram ao tentar tirar selfies em lugares espetaculares. Seria uma morte a cada 13 dias, em média. De todas as mortes do período do estudo, 141 foram de turistas e 238 de moradores nativos.
Os números são preocupantes, já que, somente nos sete meses deste ano, ocorreram 31 acidentes fatais ao se fazer fotografias. “É um problema emergente que, pelas dimensões que adquiriu, já pode ser considerado de saúde pública. O estudo nos ajudou a dimensioná-lo, o primeiro passo para tomar medidas para enfrentá-lo”, afirma Manuel Linares Rufo, presidente da Fundação iO.
As quedas em cataratas, precipícios e telhados são as causas mais frequentes dessas tragédias, somando 216 casos. Os acidentes com meios de transporte (123), afogamentos (66), armas de fogo, choques (24) e mortes por animais selvagens (17) completam a lista.
Os acidentes fatais são mais comuns entre jovens de até 19 anos, que representam 41% do total de mortes. Jovens entre 20 a 29 anos somam 37% dos casos.