Balneário Camboriú
Vereador é denunciado ao conselho de Ética por fake news
Kaká Fernandes pode sofrer suspensão temporária do exercício do mandato
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O vereador Kaká Fernandes (Podemos), de Balneário Camboriú, foi denunciado ao conselho de Ética da câmara de Vereadores por publicação de “fake news”. A denúncia é de autoria da união da Juventude Socialista de Santa Catarina (UJS), feita na quinta-feira. O grupo aponta que o parlamentar teria publicado, pelas redes sociais, informações falsas sobre diversos temas e de forma reiterada.
Segundo a UJS, nos últimos meses, o vereador fez postagens que disseminam inverdades, levando muitas pessoas a erro. São listadas postagens sobre supostas falhas de segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas, divulgação de notícias falsas sobre o ritmo da vacinação no Brasil, que teria sido maior que nos Estados Unidos, e mensagens de que a Unicef apoiaria a exposição de crianças à pedofilia.
A entidade aponta que esse tipo de atitude incorre em prática ilícita, conforme resolução, recentemente, aprovada pela câmara. Se a denúncia vingar, o vereador pode ser suspenso das atividades legislativas. A punição com a perda temporária do mandato está prevista no código de Ética da Câmara, no caso de vereador que divulgar, propositalmente, informações falsas e distorcidas na internet e redes sociais.
A medida foi incluída neste ano, após aprovação de proposta do vereador Eduardo Zanatta (PDT). A denúncia da UJS será analisada pelo conselho de Ética e Decoro Parlamentar, formado pelos vereadores Gelson Rodrigues (Cidadania), Anderson Santos (Podemos) e Lucas Gotardo (Novo). Lucas informou que ainda não sabia do caso, mas verificaria o protocolo da representação pra se posicionar.
A UJS defende que o vereador seja responsabilizado, considerando que o alcance das publicações é crucial na formação de opinião dos cidadãos. “Não há o que se falar em democracia quando um parlamentar goza de sua prerrogativa para propagar material ideológico lastreado em falsidades. Isso acarreta na fragilização das instituições e fomenta o povo a um espírito antidemocrático”, destacou o vice-presidente da UJS-SC, Lucene Magnus.
A representação da UJS pede que a denúncia seja admitida e, após o devido trâmite, que o vereador seja punido com a suspensão. No caso de a conduta do parlamentar voltar a se repetir, posteriormente, a denúncia pede que ele seja punido com a perda do mandato. O vereador ainda não se manifestou.