SANTA CATARINA
Marcos Ghizoni assume como delegado-geral
Ele fica com o cargo deixado por Akira Sato, que esteve só 15 dias à frente da Civil
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Marcos Flávio Ghizoni Júnior foi apresentado pelo governo estadual como o novo delegado-geral de polícia Civil de Santa Catarina. Ele assume o cargo após a saída polêmica e ainda mal explicada de Laurito Akira Sato, que ficou à frente da corporação por apenas 15 dias.
Ghizoni havia sido convidado por Akira Sato para atuar na corregedoria da polícia Civil mas, com a saída do titular, foi chamado pelo governador para ser delegado-geral. O nome do delegado da DIC de Joinville, Rafaello Ross, tinha sido cogitado de início para o cargo, mas o fato de ter sido afastado por suspeita de improbidade administrativa quando ainda atuava em Mafra gerou desgaste.
O novo delegado-geral é formado em ciência da Computação pela Univalil e em direito pelaa Unisul. Ele tem experiência de quase 15 anos de carreira no serviço público, inclusive como delegado-geral adjunto de 2015 a 2018 e delegado-geral em 2018. Desde então, atuava como controlador-geral da Alesc.
O governador Carlos Moisés deu aval pra Ghizoni reforçar os trabalhos de investigação criminal e garantiu os recursos necessários pra que a atuação na polícia Civil seja fortalecida na nova gestão. Uma das prioridades de Ghizoni é ampliar o quadro de delegados da Deic.
“A Deic é menina dos olhos e a ordem é fortalecer esse trabalho. É uma missão que não é para mim, é para a instituição polícia Civil”, disse. Na apresentação, o governador agradeceu ao delegado Akira, desejando que tão logo restabeleça a saúde.
Oficialmente, Carlos Moisés havia explicado em nota que Akira se afastou do comando da corporação por “razões de foro íntimo relacionadas exclusivamente a questões de saúde”. A explicação do governo só foi dada três dias após a saída de Akira ter gerado polêmica.
O ex-delegado-geral teria pedido demissão por suspostamente ter sido coagido pra trocar um delegado da coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção que investigava um caso suspeito de corrupção no porto de São Francisco do Sul.
O caso é ligado à contratação sem licitação de uma empresa pra implantar um sistema de indicadores e avaliação de desempenho. O governo de SC negou irregularidades no processo, mas não se manifestou sobre o afastamento do delegado que conduzia a investigação.