Levantamento do governo de Santa Catarina, feito a pedido do governador Carlos Moisés, aponta que entidades ligadas aos setores turístico e econômico apoiam a volta do horário de verão. Na consulta, a maioria das instituições se manifestou favorável ao adiantamento dos relógios em uma hora durante a temporada. Lideranças das áreas de hotéis, eventos, bares, restaurantes, comércio e turismo foram ouvidas.
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Para o presidente da Santur, Renê Meneses, os benefícios para o setor são diversos com o retorno do horário diferenciado. “Além de diminuir os custos, o horário de verão traz para o turismo ...
Para o presidente da Santur, Renê Meneses, os benefícios para o setor são diversos com o retorno do horário diferenciado. “Além de diminuir os custos, o horário de verão traz para o turismo um aumento no fluxo de pessoas em um horário que propicia viagens, aquisição de produtos e também diversas outras formas de atividades turísticas”, avalia.
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A medida também serviria pra reduzir os impactos da crise energética causada pela escassez de chuvas, segundo o estado. “O governo de Santa Catarina deve, a partir do apoio dos setores econômicos e de turismo, manifestar-se favorável. Entretanto, a decisão cabe ao Governo Federal”, ressaltou a Santur.
O presidente de federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina (Fhoresc), Estanislau Bresolin, defendeu que o horário permite ao turista aproveitar mais as praias e aumenta o movimento nos bares e restaurantes.
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“A economia do consumo de energia se junta com mais horas de aproveitamento do ócio que o visitante busca na alta temporada”, entende. A federação do comércio de Santa Catarina (Fecomércio) também apoia o horário de verão, como medida estratégica pra impulsionar o setor na retomada após a pandemia.
“Com o avanço da imunização e a diminuição das medidas de isolamento, as pessoas se sentem mais seguras e podem usar o horário extra para diversas atividades, principalmente as relacionadas ao turismo, além de circular por mais tempo no comércio e consumir mais serviços”, explica o vice-presidente da entidade, Emílio Rossmark Schramm.
A contribuição do horário de verão pra recuperação da economia afetada pela covid-19 também está entre os argumentos de entidades como a associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-SC), associação Brasileira de Bares e Restaurantes de SC (Abrasel-SC) e associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc-SC).
A federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) é outra que apoia o movimento. O presidente da entidade, Sérgio Alves, ressalta que embora a economia de energia seja pouca, os impactos são positivos em vários setores. “Diante de uma possível crise energética, o horário de verão pode vir a contribuir e reduzir o custo energético para grande parte da sociedade”, completa.
A volta do horário de verão, extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, voltou à tona neste ano devido ao agravamento da crise energética e escassez hídrica. O ministério das Minas e Energia considera que a contribuição da medida é limitada, diante da mudança de hábitos de consumo de energia da população.
Mesmo assim, com a pressão de setores da economia, o governo federal pediu um estudo sobre os possíveis benefícios da volta do horário de verão ao operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), para analisar a “atual conjuntura”, caso o abastecimento de energia seja comprometido.